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Prefeita de Roma enfrenta acusações de abuso de poder

25 de janeiro de 2017

Promotoria convoca Virginia Raggi para depor sobre nomeação de Renato Marra, cujo irmão foi preso acusado de corrupção no governo romano. Prefeita diz estar calma e ter "plena confiança no sistema de Justiça".

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Prefeita de Roma, Virginia Raggi
Foto: picture-alliance/AP Photo/G. Borgia

Promotores italianos convocaram a prefeita de Roma, Virginia Raggi, para um interrogatório que faz parte de uma investigação de corrupção envolvendo um de seus confidentes. "Recebi uma convocação para comparecer ao Ministério Público de Roma", escreveu em sua conta no Facebook, na terça-feira, acrescentando estar "muito calma" e que tem "total confiança no sistema de Justiça".

A imprensa local publicou que Raggi, uma política eurocética do esquerdista Movimento 5 Estrelas (M5S), enfrenta questionamentos por supostos abusos de poder e fraude. Está programado que ela testemunhe antes de fevereiro.

Sua convocação se refere à nomeação de Renato Marra como chefe da pasta de Turismo da capital italiana. Marra é irmão de Raffaele Marra, que foi preso em dezembro sob suspeita de receber propina de um desenvolvedor imobiliário em 2013, enquanto ocupava o cargo de chefia da política de Habitação sob o ex-prefeito Gianni Alemanno.

Procuradores italianos investigaram Alemanno por suspeita de envolvimento num escândalo político que causou o colapso do governo local em 2014. O escândalo girou em torno da apropriação indevida de fundo públicos por membros da máfia em Roma e na região de Lácio.

Raggi defendeu Rafaelle Marra quando foi eleita no ano passado, chamando-o de indispensável. Mas, em dezembro, a prefeita admitiu ter "cometido um erro" ao confiar nele. No entanto, ela também aprovou a nomeação de seu irmão Renato. E é sobre esta nomeação que Raggi será questionada pelos promotores, segundo a própria prefeita. 

A convocação de Raggi lançou dúvidas sobre a declaração do líder do M5S, o comediante Beppe Grillo, de que o partido esquerdista não possui manchas por manobras antiéticas. Após a prisão de Raffaele Marra, Grillo afirmou: "Devemos corrigir os erros e não deixar espaço para dúvidas."

"Erros foram cometidos e Virginia Raggi os admitiu. Ela confiou nas pessoas menos confiáveis no mundo", disse Grillo, que também advertiu Raggi que as decisões importantes, como nomeações, devem agora ser endossadas pela liderança do partido.

O M5S desempenhou um papel influente no referendo constitucional para reformar o sistema político italiano, que resultou na renúncia do ex-premiê Matteo Renzi, em dezembro.

PV/afp/dpa