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Feira

(gh)27 de setembro de 2006

Feira em Colônia é a maior do mundo no setor e abrange todos os aspectos do ramo fotográfico. Avanço das câmeras digitais é destaque no evento.

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Tendência: câmeras digitais com lentes cambiáveis

As câmeras analógicas parecem estar definitivamente com os dias contados. "Esta é a primeira Photokina em que não estão sendo apresentadas novidades na área de fotografia analógica", diz Michael J. Hussmann, do portal digicam-experts.de.

As estrelas da feira, que reúne 1600 expositores de 45 países de 26 de setembro a 1º de outubro em Colônia, são as câmeras digitais. Em 2006, serão vendidos 28 milhões de unidades somente na Europa Ocidental, 25% na Alemanha.

Apesar da estagnação do mercado alemão nos níveis do ano passado, os expositores em Colônia se mostram otimistas porque o mercado mundial de foto e imagem é estimado em 125 bilhões de euros.

Digitais com lentes cambiáveis

Photokina in Köln 2006 Nikon D80
Marcas conhecidas ditam as tendênciasFoto: AP

No ano passado, cerca de cinco bilhões de fotos foram reveladas na Alemanha, a maioria nos grandes laboratórios ligados a supermercados e drogarias. Mas também a impressão de fotos em casa alimenta as esperanças do setor.

Segundo o diretor-executivo da Associação da Indústria Fotográfica Alemã, Rainer Schmidt, quem continua ditando as tendências são as marcas tradicionais, como Nikon, Canon e Sony. Em Colônia, elas mostram, por exemplo, uma série de novos modelos de câmeras digitais "reflex" com lentes cambiáveis e sensores de 10 megapixels. O número de "reflex" vendidas em 2005 dobrou em relação ao ano anterior.

Melhor em vez de maior

A tendência de esnobar com câmeras compactas com número cada vez mais elevado de megapixels parece ter um fim. O motivo é bem simples: dez megapixels sobre um chip de 6 mm não fazem muito sentido – a maioria das lentes não consegue trabalhar com uma definição tão alta. Novos processadores de imagem, no entanto, aumentam a rapidez das compactas.

Também a tendência de câmeras cada vez menores esbarra em limites. Não são tanto limites técnicos e, sim, os displays de até três polegadas que freiam a miniaturização. Não adiante ter um display grande se a definição é baixa.

Fotógrafo balança, a câmera não

Para salvar fotos afetadas pelo balanço ou tremor da mão do fotógrafo, estão sendo apresentados na Photokina estabilizadores de imagem, na forma de sensores móveis dentro da câmera ou lentes móveis das objetivas. Esta última técnica é a mais promissora, mas é também a mais cara, dizem peritos.

Além disso, pequenas falhas na imagem são compensadas por um melhor processamento de dados dentro da câmera, já no momento em que se fotografa. É o caso, por exemplo, de pontos demasiado escuros ou claros, ou os famosos olhos vermelhos. Neste último caso, é aplicada a técnica Face Tracking (reconhecimento do rosto) – a mesma técnica usada em áreas de alta segurança ou aeroportos.

Telefone vira câmara

Photokina 2006
Celulares ainda estão longe de substituir câmeras digitais

Telefones celulares com câmeras digitais integradas ainda não dão o resultado desejado, mas persiste a tendência de continuar investindo em seu aperfeiçoamento. Os novos modelos já fornecem dados suficientes para imprimir fotos de tamanho médio. Por isso, já se tornou norma integrar uma conexão via cabo ou bluetooth para a impressão direta.

O caminho rápido de chegar à fotografia é cada vez mais usado. O grupo Gfk (Sociedade de Pesquisa de Consumo) apurou que, em 2004, foram feitas cerca de 500 fotos por portador de câmera digital – destas, mais de 100 foram impressas (no ano anterior, haviam sido 85).

Na Coréia, já são vendidos celulares com câmeras de até 10 megapixels. Na Europa, aposta-se mais em opções de multimídia, como mp3 e rádio no celular. A TV na palma da mão ainda tem dificuldades de emplacar.

Pelo menos duas coisas parecem evidentes na Photokina: fotos tiradas com câmeras digitais cada vez mais avançadas são impressas analogicamente no papel; e os celulares multimídia ainda estão longe de substituir as câmeras digitais.