Paraíso genético
12 de janeiro de 2011Ainda hoje são descobertas novas espécies em partes intocadas das florestas da Nova Guiné, como plantas gigantes ou animais que se aproximam de seres humanos sem medo. Nos últimos anos, foram descobertas uma lagartixa de olhos amarelos, dúzias de novos insetos, cinco novas palmeiras, quatro borboletas e 20 espécies de sapos – um dos quais mede apenas 13 milímetros.
Graças à sua topografia, a Nova Guiné abriga uma biodiversidade singular. A ilha é cortada por uma cadeia de montanhas de 2,5 mil quilômetros de leste a oeste, com picos que se elevam a até 5 mil metros de altitude. No norte e no sul, as montanhas se transformam abruptamente em planícies pantanosas.
Essas barreiras naturais, únicas nos trópicos, dificultam consideravelmente o intercâmbio genético entre as espécies. Por isso, sempre surgiram e surgem novas espécies. A paisagem montanhosa e a falta de infraestrutura têm dificultado o acesso e a utilização das florestas. As matas da Nova Guiné foram menos destruídas, por exemplo, do que em outras ilhas da Indonésia.
A geografia também proporcionou uma grande diversidade entre os povos. A ilha é habitada por centenas de povos indígenas com culturas muito antigas. Entre os cerca de seis milhões de habitantes, são falados 826 idiomas.
Autor: Oliver Samson (ff)
Revisão: Roselaine Wandscheer