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Partido de Bolsonaro pede cassação do mandato de Sergio Moro

8 de dezembro de 2022

PL aciona Justiça Eleitoral do Paraná alegando irregularidades em gastos e doações da campanha ao Senado do ex-juiz. sigla pede que o segundo colocado na disputa, Paulo Martins, filiado ao PL, assuma interinamente.

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Moro com o dedo no queixo
Moro foi eleito senador com 33,82% dos votosFoto: Silvia Izquierdo/picture- alliance/AP Photo

O Partido Liberal (PL), sigla do presidente Jair Bolsonaro, pediu ao Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) a cassação do mandato do senador eleito Sergio Moro (União Brasil). O ex-juiz federal e ex-ministro da Justiça de Bolsonaro apoiou explicitamente o presidente no segundo turno das eleições. O processo corre em sigilo.

O PL pede a investigação de supostas irregularidades em gastos e doações da campanha de Moro. A legenda solicita ainda, que o segundo colocado, Paulo Martins, do próprio PL, assuma interinamente que novas eleições para o cargo sejam realizadas. No pleito de 2 de outubro, Moro teve 33,82% dos votos e Martins, 29,12%.

Em suas redes sociais, Moro criticou a ação do PL e ainda aproveitou para atacar o PT. "Soube pela imprensa que Fernando Giacobo, Presidente do PL/PR, e Paulo Martins, segundo colocado nas eleições paranaenses, ingressaram com ação buscando cassar meu mandato de senador. Anote esses nomes. Maus perdedores que resolveram trabalhar para o PT e para os corruptos", escreveu Moro no Twitter.

"Da minha parte, nada temo, pois sei da lisura das minhas eleições. Agora impressiona que haja pessoas que podem ser tão baixas. O que não conseguem nas urnas, tentam no tapetão", acrescentou.

Moro e Bolsonaro se encontram

De acordo com a imprensa brasileira, embora a ação tenha sido apresentada pelo PL do Paraná, ela teve o aval do presidente nacional, Valdemar Costa Neto, aliado de Bolsonaro, e outras figuras importantes da legenda.

Nesta quarta-feira (07/12), dia em que a notícia da denúncia veio à tona, Moro e Bolsonaro se reuniram no Palácio da Alvorada, em Brasília. O teor da conversa, porém, não foi divulgado.

Moro deixou a magistratura para ser ministro da Justiça de Bolsonaro, mas saiu do governo após brigar com o presidente e acusá-lo de tentar violar a autonomia da Polícia Federal.

Morou chegou aflertar com uma candidatura ao Planalto, mas desistiu ainda em abril. Eleito senador pelo Paraná, inicialmente pretendia concorrer a um cargo eletivo por São Paulo. O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP), no entanto, negou o pedido de transferência de título eleitoral de Moro, por ele não apresentar provas que comprovasse seu vínculo com a cidade de São Paulo. Moro não recorreu da decisão e, em seguida, optou por concorrer ao Senado pelo Paraná. 

Em entrevista recente à DW, Moro disse que a candidatura de Bolsonaro à Presidência "era a melhor opção"

le (ots)