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Papa diz que negar mudanças climáticas é "atitude perversa"

16 de novembro de 2017

Em mensagem a participantes da COP23, Francisco ressalta que mudanças climáticas são um dos piores fenômenos que a humanidade está testemunhando e pede colaboração entre lideranças.

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Papa Francisco
"Devemos evitar quatro atitudes perversas: negação, indiferença, acomodação e confiança", disse o papaFoto: picture-alliance/ZUMAPRESS/G. Ciccia

O papa Francisco afirmou nesta quinta-feira (16/11) que negar as mudanças climáticas e ser indiferente a elas são "atitudes perversas". Em mensagem enviada aos líderes e negociadores que participam da 23ª Conferência do Clima da ONU (COP23), em Bonn, o pontífice destacou a importância da proteção ao meio ambiente.

Francisco afirmou que as mudanças climáticas são um dos piores fenômenos que a humanidade está testemunhando. "Devemos evitar quatro atitudes perversas: negação, indiferença, acomodação e confiança em soluções inadequadas, que certamente não ajudam pesquisas sérias e honestas nem um diálogo produtivo sobre a construção do futuro do nosso planeta", acrescentou.

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O papa elogiou os resultados da COP21, que alcançou o Acordo de Paris, no qual os países se comprometem a tomar uma série de medidas para evitar que o aquecimento global ultrapasse 2 graus Celsius. 

Francisco disse que o pacto indica um caminho claro de transição rumo a um modelo de desenvolvimento econômico que encoraja a solidariedade, atendendo as necessidades também das populações mais vulneráveis.

 "Agora, em Bonn, vocês estão definindo e construindo regras e mecanismos para que o Acordo´[de Paris] contribua para alcançar os objetivos propostos. É preciso manter elevada a vontade de colaboração", disse o papa.

Francisco destacou que soluções técnicas são necessárias, mas insuficientes e alertou sobre a importância de levar em consideração também os aspectos éticos e sociais do novo paradigma de desenvolvimento. O papa finalizou a mensagem desejando aos participantes da COP23 que os trabalhos sejam animados e tenham o mesmo espírito colaborativo da COP21.

"Isso permitirá acelerar a conscientização e a adoção de decisões eficientes para contrastar o fenômeno das mudanças climáticas e, ao mesmo tempo, combater a pobreza e promover o verdadeiro desenvolvimento humano integral", diz. 

Os Estados Unidos devem passar a ser o único país fora do Acordo de Paris, após o recente anúncio de que a Síria vai aderir ao pacto. A saída dos EUA do acordo, ratificado por Barack Obama em 2015, foi anunciada em junho pelo presidente Donald Trump.

Essa não é a primeira vez que o papa fala sobre o aquecimento global. Em setembro, Francisco afirmou que a onda de furacões deveria fazer as pessoas entenderam que a humanidade vai afundar se não agir contra as mudanças climáticas e ressaltou que a história julgaria aqueles que as negam.

CN/rtr/dpa/ots

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