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Rússia sob críticas

Agências (as)30 de abril de 2008

Aumento do efetivo militar russo eleva a tensão nas regiões separatistas da Abkházia e da Ossétia do Sul, afirma a Otan. União Européia reitera respeito à integridade territorial da Geórgia.

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Rússia diz que o efetivo de soldados da Geórgia também aumentouFoto: AP

A Otan e a União Européia (UE) criticaram nesta quarta-feira (30/04) o anunciado fortalecimento das tropas soviéticas nos territórios separatistas da Abkházia e da Ossétia do Sul, na Geórgia. "Esse anúncio não contribui para aliviar a tensão, mas a eleva", afirmou o porta-voz da Otan, James Appathurai. Segundo ele, a ofensiva russa debilita a integridade territorial da Geórgia.

O chefe da diplomacia da União Européia, Javier Solana, disse que a decisão russa "não foi inteligente". De acordo com ele, a UE está preocupada com a crescente tensão entre os governos de Moscou e Tbilisi e se mantém fiel ao seu princípio de reconhecer a integridade territorial da Geórgia.

Na terça-feira, a Rússia anunciou que aumentará seu efetivo militar na Abkházia e na Ossétia do Sul. O governo russo alegou que a medida pretende assegurar o cessar-fogo nas regiões e seria uma reação a uma elevação de tropas georgianas. O contingente russo aumentará em 500 soldados, chegando a 2,3 mil.

Independência não reconhecida

O governo da Geórgia classificou o fortalecimento das tropas russas nas duas regiões separatistas como provocação. "A Geórgia condena com veemência agressões desse tipo, que são camufladas como medidas de paz", afirmou comunicado do ministério das Relações Exteriores do país.

A Abkházia e a Ossétia do Sul declararam sua independência da Geórgia no início dos anos 1990, com o fim da União Soviética, mas não foram reconhecidas como países pela comunidade internacional. A Rússia, ao contrário da União Eruopéia, apóia as pretensões separatistas dos dois territórios.

No início de abril, os países-membros da Otan não conseguiram chegar a um consenso sobre o ingresso da Geórgia na aliança militar. A Alemanha e outros países justificaram sua posição contrária alegando que a questão territorial da ex-república soviética não está resolvida. Em dezembro, o ingresso será novamente avaliado.