Onda de frio na Europa
Temperaturas vários graus abaixo de zero dificultam a vida dos europeus – quando não causam mortes, sobretudo entre os sem-teto. No lado pitoresco, neve sobre as palmeiras, cisnes de pé quente e esquiadores no Vaticano.
Calor humano salva vidas
O frio ártico do fim de fevereiro de 2018 matou dezenas de pessoas na França, Letônia e Polônia. Em vários locais, voluntários procuram assistir os sem teto. Em Gdansk, Polônia, eles usam o ônibus desativado "Ikarus" para proporcionar aos moradores de rua a chance de se aquecer, tomar uma sopa quente e receber cuidados médicos.
Um teto sobre a cabeça
Temperaturas extremas representam perigo de vida para quem não tem moradia. Em Bruxelas, um bairro propôs que se coloquem sob custódia policial os moradores de rua que não procurem abrigo voluntariamente. Na Alemanha, diversas cidades criaram dormitórios extras. Em Roma, onde não faz tanto frio assim, este cidadão livra sua barraca da atípica neve.
Esquiando no Vaticano
No verão realiza-se todas as quartas-feiras, na Praça de São Pedro, a audiência papal, sob um calor inclemente. Na atual onda de neve, por contraste, este homem aproveita para passear no Vaticano de esquis. O frio já chegou até o Sul da Itália; em Nápoles viagens de trem e avião tiveram que ser canceladas.
É permitido se cobrir
Nas temperaturas árticas, um abrigo para a cabeça que também cubra o rosto pode prevenir queimaduras de frio. Desta ciclista vienense só se conseguem ver os olhos. A Áustria anunciou que relaxará a proibição de ocultar o rosto, que normalmente bane burcas e niqabs: enquanto durar a onda glacial, ninguém será molestado por se proteger o quanto puder.
Estradas escorregadias
Houve retenções de trânsito e acidentes em diversos países. Na Suécia, o automóvel do primeiro-ministro Stefan Löfven perdeu o controle na estrada e bateu na barra de proteção, mas ninguém se machucou. Em Lüneburg, no Norte da Alemanha (foto) um caminhão saiu da estrada, feriu uma ciclista e se chocou contra uma árvore.
Também na Grécia
Também na Grécia foi preciso colocar em ação carros limpa-neve para garantir a segurança nas ruas. Só foram afetados o Norte e o Centro do país, onde grande parte das crianças foi liberada das aulas. Para o Sul, em contrapartida, anunciaram-se temperaturas primaveris.
Vias aquáticas congeladas
Isso que aqui, no Lago de Genebra, na Suíça, parece tão pitoresco, está paralisando o fluxo de navios em outras partes da Europa. No Rio Oder, entre a Alemanha e Polônia, formaram-se blocos de gelo, e o tráfego foi interrompido. Difícil foi decidir quem deveria entrar em ação, se os navios quebra-gelo do lado alemão ou os poloneses.
Palmas na neve
A francesa Nice, normalmente caracterizada por sol, praia e veranistas, também foi alvo de severas precipitações de neve. Na França apelidou-se o atual fenômeno meteorológico "Moscou-Paris", pois a onda gelada partiu da Rússia para a Europa Ocidental.
Frieza britânica, aquecimento caro
No Reino Unido, a intempérie originária da Sibéria foi apelidada "Beast of the East" (fera do Leste), também numa alusão à Rússia. Ao mesmo tempo em que meteorologia anunciava a semana mais fria em muitos anos, o preço do gás para calefação batia o recorde dos últimos 12 anos.
Por que cisnes não precisam de meias
A maioria dos animais selvagens resiste bem às temperaturas árticas, sem ajuda humana, informou a aliança pela natureza Nabu. Como aqui no porto de Estocolmo, os cisnes ruflam as penas para enfrentar o vento glacial. E não se incomodam de estar descalços: um engenhoso sistema de circulação de calor nas pernas e pés os protege.