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OMS decide renomear varíola dos macacos como mpox

28 de novembro de 2022

Objetivo é evitar estigma contra primatas, que não são os principais transmissores da doença. Transição da nomenclatura levará um ano.

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Vírus da mpox
A doença foi identificada pela primeira vez em seres humanos em 1970. Na imagem, representação gráfica do vírus.Foto: BSIP/UIG/IMAGO

A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou nesta segunda-feira (28/11) que decidiu renomear a doença varíola dos macacos (monkeypox, em inglês) como mpox.

O termo varíola dos macacos passou a ser usado após a detecção do vírus em primatas em um laboratório da Dinamarca em 1958. No entanto, o patógeno também é encontrado em outros animais, sobretudo roedores.

Em agosto, a OMS já havia externado o desejo de renomear a doença para um termo menos estigmatizante. O vírus pode ser transmitido de animais para humanos, mas a explosão recente de casos mundo afora se deve à transmissão entre pessoas, segundo a OMS.

"Após uma série de consultas com especialistas globais, a OMS começará a usar o novo termo 'mpox' como sinônimo de monkeypox. Ambos os nomes serão usados ​​simultaneamente por um ano, enquanto o termo 'monkeypox' é eliminado gradualmente", disse a agência de saúde da ONU em um comunicado.

"A OMS adotará o termo mpox em suas comunicações e encoraja outros a seguirem essas recomendações, para minimizar qualquer impacto negativo contínuo do nome atual e da adoção do novo nome."

Ataques a macacos

Em agosto, a OMS condenou relatos de ataques contra primatas no Brasil devido ao medo de contágio pela mpox. Segundo o portal G1 noticiou na época, o aumento de casos da doença provocou uma onda de ataques a macacos no país.

A doença foi identificada pela primeira vez em seres humanos em 1970, na República Democrática do Congo, e permanece endêmica em partes da África Ocidental e Central.

No entanto, em maio deste ano, casos da doença começaram a ser identificados em todo o mundo. Cerca de 81.107 pessoas foram infectadas em 110 países, e 55 mortes foram relatadas à OMS.

le/bl (AFP, Reuters)