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O que se sabe sobre a vacina bivalente contra a covid-19

27 de fevereiro de 2023

Imunizante da farmacêutica Pfizer começa a ser aplicado em todo o Brasil nesta segunda-feira. Só quem já completou o esquema primário pode tomar. Versão monovalente continua sendo aplicada.

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Pessoa fura ampola com agulha de seringa
Ministério da Saúde quer aumentar também cobertura vacinal entre população que ainda não recebeu monovalenteFoto: Ezra Acayan/Getty Images

Começa a ser aplicada nesta segunda-feira (27/02) em todo o país a vacina bivalente contra a covid-19. O Ministério da Saúde dividiu a campanha em fases, com grupos de risco sendo os primeiros a receberem. Veja o que é e quem pode receber o imunizante.

O que é a bivalente

Segundo o Ministério da Saúde, o imunizante melhora a imunidade contra o vírus da cepa original e também contra a variante ômicron prevalente em todo o mundo e suas subvariantes (BA.1, BA.4 e BA.5), tendo perfil de segurança e eficácia semelhante ao das vacinas monovalentes.

A variante ômicron é mais transmissível, porém mais branda, com o vírus se concentrando na garganta e não atingindo os pulmões.

No Brasil, duas vacinas bivalentes, ambas produzidas pelo laboratório Pfizer, receberam autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para uso emergencial.

Grupos de risco são primeiros a receber

Inicialmente, a vacina será aplicada nos grupos de risco, sendo aberta posteriormente para os demais grupos. Conforme divisão anunciada pelo ministério, a imunização será feita na fase 1 em pessoas acima de 70 anos de idade, imunocomprometidos, indígenas, ribeirinhos e quilombolas; na fase 2, pessoas com idade entre 60 anos e 69 anos de idade; na fase 3, gestantes e puérperas; e na fase 4, profissionais de saúde.

Aplicação só após a monovalente

Para tomar a vacina bivalente, é necessário ter tomado pelo menos duas doses do esquema primário, com a vacina monovalente, aplicada em todo o país desde 2021. Além disso, a última dose deve ter sido aplicada há, no mínimo, quatro meses.

Para quem já tomou reforço

De acordo com o diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações, Juarez Cunha, o imunizante bivalente é a melhor resposta para combater as variantes covid-19 que circulam no país e no mundo. Ele ressalta, entretanto, que para tomá-la é necessário já ter as duas primeiras doses da vacina monovalente.

"Para quem é recomendada a bivalente? Só como reforço. Para pessoas que foram plenamente vacinadas com o esquema primário que, em geral, são duas doses ou dose única. Mesmo para aquelas que já fizeram a terceira e a quarta doses, dois reforços", disse Juarez Cunha, em entrevista à Rádio Nacional, divulgada pela Agência Brasil. "Essas pessoas que têm essa vacinação já feita, desde que tenham se passado quatro meses da última dose, podem receber a bivalente."

Monovalentes seguem eficazes e à disposição

O Ministério da Saúde reforça que as vacinas monovalentes contra a covid-19 continuam disponíveis em unidades básicas de saúde (UBS) para a população em geral e são classificadas como "altamente eficazes contra a doença", garantindo grau elevado de imunidade e evitando casos leves, graves e óbitos pela doença.

"A aplicação da bivalente não significa que as vacinas monovalentes não continuem protegendo. Elas continuam protegendo, mesmo para a variante ômicron, mas, claro, tendo a possibilidade de uma vacina desenhada mais especificamente para a variante circulante, a tendência é termos uma melhor resposta", explicou Juarez Cunha.

"A vacina monovalente, como o próprio nome diz, tem um tipo só do vírus que causa a covid. Ela foi originalmente desenhada com aquele chamado vírus ancestral, o primeiro que apareceu na China no fim de 2019. Então, todas as vacinas que a gente tinha e usou até agora eram monovalentes, independentemente do laboratório fabricante”, ressaltou o especialista.

O Ministério da Saúde também quer intensificar a campanha com a vacina monovalente não só entre grupos prioritários mas também entre os maiores de 12 anos, visando aumentar a cobertura vacinal.

Covid-19 continua emergência sanitária global

A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou em 30 de janeiro passado que a covid-19 continua sendo uma emergência sanitária de alcance internacional porque segue sendo uma "doença infecciosa perigosa" que pode causar danos consideráveis à saúde humana e ao sistema de saúde dos países.

md/bl (EBC, EFE, ots)