O que os alemães fazem com o dinheiro
Pesquisa do jornal "Bild" revela comportamento em relação a casa própria, poupança, nível de confiança em relação a bancos e mercados de ações e de capitais, e para que fim guardam dinheiro.
Medo de riscos
Questionados sobre como fazem o dinheiro render, 71,8% dos mais de 2 mil entrevistados disseram que não pretendem investir em ações ou fundos de investimento. Apenas 22,8% aplicam o dinheiro dessa forma. Mais da metade (55%) não pretende especular na bolsa porque acha muito arriscado, e 38,4% disseram que a atual situação no mundo os faz temer pelo seu dinheiro.
Casa própria
Para 65,1% dos entrevistados, investir em imóveis é um bom negócio: 35,3% inclusive possuem moradia própria. Dos que não têm, 69,3% disseram que não dispõem de condições financeiras para isso.
Confiança nos bancos
A maioria dos entrevistados (55,4%) não acredita que os bancos especulem com o dinheiro depositado nas contas. Neste ponto há uma clara diferença entre os moradores de leste e oeste da Alemanha. Enquanto 25% dos questionados no oeste do país acreditam que os bancos negociem com o dinheiro deles, na antiga Alemanha de regime comunista 35,4% acham isso.
Gastar no quê?
A maioria dos questionados (55%) guarda dinheiro para imprevistos; 46,5%, para comprar imóvel ou carro; 41%, para gastar nas férias; 28,4%, para a aposentadoria; e 19,7% disseram que economizam para artigos de consumo, como roupas ou eletroeletrônicos.
Pé-de-meia
Mulheres (60,9%) são mais disciplinadas para guardar dinheiro do que homens (48,3%). Mas, sejam homens ou mulheres, 44% dos entrevistados têm mais de 1 mil euros guardados. Apenas 21,6% disseram não ter economias. Entre as pessoas de 18 a 24 anos, 25,4% dispõem de mil a 10 mil euros. Só 17,1% nesta faixa etária não têm dinheiro guardado.
Diferenças entre leste e oeste do país
No oeste da Alemanha, 39,3% economizam para as férias. No leste, a porcentagem chega a 47,7%. Mais da metade (59,7%) dos questionados entre 25 e 34 anos economiza para negócios maiores, como uma casa ou um carro. Já a faixa etária de 18 a 24 anos é a que mais guarda para gastar em artigos de consumo, como produtos de tecnologia ou roupas (33%).
E as dívidas?
Dos entrevistados, 8,1% disseram ter mais de 15 mil euros em dívidas, enquanto 61% alegam não dever nada. A pesquisa do jornal "Bild" foi respondida por 2.077 pessoas.