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Novas perspectivas para a região do Ruhr

(ms)12 de outubro de 2004

Diversos programas de fomento econômico visam impulsionar a região do Ruhr através de tecnologias inovadoras. Será esta nova estratégica capaz de deter a evasão populacional e o desemprego?

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Perdeu a importância para a economia da regiãoFoto: dpa

Com o intuito de driblar uma crise que já dura 50 anos na região do Ruhr, no Estado da Renânia do Norte-Vestfália, políticos e economistas apostam agora em programas para o fomento de tecnologias inovadoras. A região que, depois do fim da exploração de minas e do enfraquecimento da indústria do aço, passou a registrar uma contínua evasão populacional e diminuição de postos de trabalho, já experimentou diversos modelos de estímulo à economia local sem o resultado desejado.

Agora, o Meta–2–Programa 2000–2006 visa inovar e por isso concentra suas atividades em seis setores prioritários, entre eles logística, ciências da vida, tecnologias de microssistemas e energética. O projeto, que dispõe de uma verba de 2 bilhões de euros, é subsidiado pela União Européia e pelo governo estadual.

Hartmut Weigelt, coordenador da rede Life Tecnologies Ruhr, que avalia projetos de fomento para pequenos empresários e universidades, revelou que são boas as perspectivas de apoio a programas de inovação tecnológica no ramo da biomedicina, especialmente nas pequenas empresas.

"Empresas altamente qualificadas têm a possibilidade de diversificar suas atividades, ingressando em novas tecnologias de produção e em novos setores de produtos relacionados à biomedicina", exemplificou o especialista alemão. Neste sentido, o Meta–2 contribui com a ajuda financeira necessária para possibilitar a ampliação de atividades.

Entraves burocráticos e econômicos

Apesar de atrativo, são poucos os empresários que fazem uso deste fomento. Não tanto por falta de idéias e projetos, mas principalmente por causa do entrave burocrático. O tempo de espera pode chegar a dois anos, um período demasiado longo frente a um mercado tão dinâmico.

Outro empecilho é de aspecto financeiro. Para conseguir o fomento, o capital próprio exigido na Alemanha é de 7%.

O governo do Estado da Renânia do Norte-Vestfália criou um programa para tentar sanar este problema, assumindo como fiador até 80% do valor de um empréstimo bancário. Passados quatro anos do início deste programa de fomento, o tempo agora urge. Se não for gasta, a verba acabará retornando para os cofres da União Européia em 2006.

Bons resultados

O uso de parte deste fomento já trouxe bons resultados. Na cidade de Bochum, por exemplo, foram criadas 15 novas empresas no setor biomédico, que geraram cerca de mil novos empregos. O complexo de biomedicina que está sendo construído na cidade deve gerar outros cinco mil postos de trabalho.

Esta nova política de fomento não irá resultar em uma mudança definitiva da estrutura da região, uma vez que este é um processo contínuo. Para consolidar o desenvolvimento é preciso manter o nível de competitividade, afirmou Christoph Schmidt, presidente do Instituto de Pesquisa Econômica do Estado. Para isto é importante investir em educação, pesquisa, novas tecnologias e no intercâmbio de conhecimentos, concluiu.