O mundo superou oficialmente nesta sexta-feira (15/01) a marca de 2 milhões de mortes ligadas à covid-19 desde o início da pandemia. A cifra foi reportada pela Universidade Johns Hopkins, num momento em que vários países já deram início à corrida para vacinar sua população.
A contagem é baseada em dados fornecidos pelas agências governamentais de todo o mundo, mas estima-se que os números reais de casos de infecção e mortes sejam muito maiores, devido à falta de testagem em larga escala e à subnotificação das ocorrências.
Desde que o coronavírus Sars-Cov-2 foi detectado pela primeira vez na cidade de Wuhan, na China, no final de 2019, o planeta levou nove meses para alcançar a marca de 1 milhão de óbitos, e menos de quatro meses para atingir o segundo milhão, o que expõe um aumento no ritmo da contagem de mortes, pelo menos as oficialmente identificadas.
Até agora em 2021, o mundo registrou, em média, cerca de 11.900 óbitos por covid-19 por dia, ou uma vida perdida a cada oito segundos, segundo contagem da agência de notícias Reuters.
"Nosso mundo atingiu um marco de partir o coração", lamentou nesta sexta-feira o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, em depoimento em vídeo. "Por trás desse número impressionante há nomes e rostos: o sorriso agora apenas uma memória, o assento para sempre vazio na mesa do jantar, o quarto que ecoa com o silêncio de um ente querido."
Guterres acrescentou que os números relativos à doença foram "agravados pela ausência de um esforço global coordenado" para combater o vírus. "A ciência foi bem-sucedida, mas a solidariedade fracassou", condenou o chefe da ONU.
Onde a pandemia fez mais vítimas
Os Estados Unidos são o país que acumula o maior número absoluto de mortos, com mais de 390 mil vítimas registradas até esta sexta-feira, e atualmente respondem por uma em cada quatro mortes relatadas em todo o mundo por dia. O Brasil vem em segundo, com mais de 208 mil óbitos.
Os próximos países mais afetados são Índia, México e Reino Unido. Combinados, os cinco primeiros Estados com mais mortes concentram quase metade de todos os óbitos por covid-19 no mundo, embora representem apenas 27% da população global.
A Europa, o continente mais afetado do mundo, informou mais de 615 mil mortes até agora e é responsável por quase 31% de todas as vidas perdidas para a doença no planeta.
Dada a rapidez com que o vírus está se espalhando, em parte devido a novas variantes mais infecciosas, a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou que a pior fase da pandemia de coronavírus pode ainda nem ter chegado.
"Estamos entrando em um segundo ano [de pandemia]. Ele pode ser até pior dadas as dinâmicas de transmissão e alguns dos problemas que estamos observando", disse Mike Ryan, diretor de emergências da OMS, em um evento na quarta-feira.
Corrida pela vacinação
A marca de 2 milhões de vítimas foi alcançada em meio a um esforço mundial monumental, embora bastante desigual, para vacinar a população global contra o coronavírus.
Em países ricos, como Estados Unidos, Reino Unido, Canadá, Israel e Alemanha, milhões de cidadãos já receberam a primeira dose de imunizantes, que foram desenvolvidos em velocidade inédita e rapidamente autorizados para uso emergencial.
Enquanto isso, em outros países as campanhas de vacinação mal saíram do papel, como é o caso do Brasil, que é uma das nações mais atingidas do mundo, mas ainda não tem uma previsão oficial para o início da imunização.
Especialistas preveem mais um ano de vidas perdidas e dificuldades em países como Brasil, Irã, Índia e México, que juntos correspondem por cerca de um quarto de todas as mortes do mundo.
Ao todo, o mundo soma hoje mais de 93,6 milhões de casos confirmados de covid-19. Em números absolutos, os EUA também são o país com mais infectados, somando 23,4 milhões, seguidos da Índia, com 10,5 milhões, e do Brasil, que acumula mais de 8,3 milhões de casos.
EK/rtr/ap/efe
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O presidente da França foi diagnosticado com o coronavírus dias depois de uma cúpula dos líderes da União Europeia, o que levou várias autoridades do bloco a adotarem o isolamento. Nos dias que antecederam o resultado, ele se reuniu também com lideranças políticas da França e membros de seu gabinete. Seus assessores disseram que ele mantém estilo de vida saudável e se exercita regularmente.
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Após menosprezar a doença durante meses, o presidente dos Estados Unidos confirmou que ele e a primeira-dama, Melania Trump, estavam infectados com o coronavírus em plena reta final de sua campanha à reeleição. Trump raramente aparecia em público usando máscaras de proteção e ignorou em diversas ocasiões os alertas das autoridades de saúde.
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O presidente da Polônia, Andrzej Duda, testou positivo para o coronavírus, anunciou um porta-voz no dia 24 de outubro. Dias antes, ele esteve em um fórum de investimento na Estônia, onde se encontrou com o presidente búlgaro, Rumen Radev, que entrou em isolamento profilático depois de ter contato com alguém infectado em seu país de origem. No entanto, não foi confirmado como Duda se contaminou.
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O lutador que virou estrela de cinema se tornou uma das mais recentes celebridades a contraírem covid-19. Em um vídeo no Instagram, Johnson revelou que ele, sua esposa e duas filhas testaram positivo — acrescentando que ele teve "uma experiência difícil" com os sintomas. Ele também pediu às pessoas que parem de "politizar" a pandemia e "usem máscara".
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O craque brasileiro é um dos três jogadores do PSG a contraírem o vírus, informou a agência de notícias AFP em 2 de setembro. Acredita-se que o surto no clube esteja relacionado a uma viagem de férias que o time fez à ilha espanhola de Ibiza. Posteriormente, Neymar postou uma foto no Instagram com seu filho, que também supostamente testou positivo: "Obrigado pelas mensagens. Estamos todos bem".
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Silvio Berlusconi
O ex-premiê italiano de 83 anos testou positivo para o vírus e estaria assintomático, segundo anúncio de seu médico em 2 de setembro. Dois dos filhos de Berlusconi e sua namorada de 30 anos também testaram positivo. O ex-premiê testou positivo depois de passar férias na costa da Sardenha, onde os ricos e famosos da Itália costumam desdenhar das políticas de restrição.
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A lenda do atletismo Usain Bolt testou positivo poucos dias depois de realizar uma festa para comemorar seu 34º aniversário no final de agosto. O detentor do recorde para os 100 e 200 metros rasos disse que entrou em quarentena, mas que não estava exibindo sintomas. Vídeos da festa de aniversário ao ar livre de Bolt mostraram convidados sem máscaras durante a celebração.
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O ator Tom Hanks e sua mulher, a atriz e cantora Rita Wilson, foram algumas das primeiras celebridades a anunciar que contraíram o vírus. O casal testou positivo para a covid-19 em meados de março, quando estava na Austrália. Depois de se recuperar e retornar aos Estados Unidos, Hanks defendeu que as pessoas façam sua parte para retardar a propagação da doença.
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Sophie Gregoire Trudeau, mulher do primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, testou positivo para coronavírus depois de retornar do Reino Unido em meados de março. O marido dela anunciou ter se isolado na residência oficial, mesmo sem apresentar sintomas da enfermidade.
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No final de março, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, contraiu o coronavírus que o levou ao hospital por vários dias. Johnson passou uma semana em um hospital em Londres e três noites na UTI, onde recebeu oxigênio e foi observado 24 horas por dia. Ele teve alta em meados de abril, e os funcionários do hospital receberam o crédito de ter salvado sua vida.
Autoria: Rebecca Staudenmaier