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Mulher de ex-prefeito de Iguala é acusada de crime organizado

6 de janeiro de 2015

María de los Ángeles Piñeda Villa foi colocada em penitenciária federal de segurança máxima. Casal é apontado como responsável pelo sumiço dos 43 estudantes no sul do México.

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José Luis Abarca e a esposa María de los Ángeles Piñeda Villa
Foto: picture-alliance/dpa

A mulher do ex-prefeito de Iguala, a cidade mexicana onde 43 estudantes desapareceram em setembro passado, foi levada para uma penitenciária de segurança máxima sob as acusações de crime organizado e lavagem de dinheiro, anunciaram promotores nesta segunda-feira (05/01). María de los Ángeles Piñeda Villa já estava sob detenção provisória.

Nesta segunda-feira, um juiz emitiu um mandado de prisão preventiva "por seu provável papel no crime organizado e operações com fundos de origem ilícita". Ela foi levada para a penitenciária de Tepic, a única federal de segurança máxima para mulheres.

Tanto Piñeda Villa quanto seu marido, José Luis Abarca, são apontados como os responsáveis pelo desaparecimento dos estudantes no estado de Guerrero, no sul do México. Mas hoje ambos encontram-se presos por motivos diversos, como vínculos com o narcotráfico, homicídio e lavagem de dinheiro.

O casal foi preso em 4 de novembro de 2014 na cidade do México, depois de estar foragido havia mais de um mês.

Segundo as investigações, Abarca ordenou que policiais municipais barrassem os estudantes de magistério que seguiam por uma estrada rumo a Iguala, após terem se apoderado de vários ônibus e protestado a favor de mais verbas para a escola onde estudavam, em Ayotzinapa. O objetivo era impedir que os alunos atrapalhassem um evento realizado pelo prefeito e sua esposa.

O embate com policiais resultou em seis mortos e 25 feridos. Depois, 43 estudantes foram levados e entregues ao cartel Guerreros Unidos, que os teria matado e queimado os corpos. Até agora, só se conseguiu identificar os restos mortais de um estudante.

No total, 46 policiais municipais já foram detidos por envolvimento no caso – 32 de Iguala e 14 da vizinha Cocula, onde corpos carbonizados foram encontrados num lixão.

LPF/dpa/afp