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MPF denuncia Sara Winter por injúria e ameaça a Moraes

17 de junho de 2020

Ativista bolsonarista é denunciada por ameaças ao ministro do STF Alexandre de Moraes, feitas em redes sociais. Ela está detida de forma provisória no âmbito do inquérito sobre atos antidemocráticos.

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 Sara Fernanda Giromini I Sara Winter
Sara Winter durante manifestação pró-Bolsonaro em Brasília, em 15 de maioFoto: picture-alliance/AP/E. Peres

O Ministério Público Federal (MPF) denunciou nesta terça-feira (16/06) a ativista bolsonarista Sara Winter por injúria e ameaça ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. A denúncia pede multa de no mínimo 10 mil reais para ela, por danos morais.

Winter, cujo real nome é Sara Fernanda Giromini, é a líder do grupo de extrema direita 300 do Brasil, que foi responsável por um acampamento na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, desmobilizado no fim de semana passado.

A extremista está detida de forma provisória desde segunda-feira, depois de um mandado de prisão autorizado por Moraes. Ela é investigada no chamado inquérito das fake news, mas foi detida por suspeita de realização de atos antidemocráticos, um outro inquérito que também é relatado por Moraes no STF.

Segundo o procurador Frederick Lustosa, os crimes de que Sara é acusada foram praticados de forma continuada, no canal no Youtube e na conta do Twitter dela.

"A investigada utilizou-se das redes sociais para atingir a dignidade e o decoro do ministro, ameaçando de causar-lhe mal injusto e grave, com o fim de constrangê-lo", afirmou Lustosa.

Em maio, depois de ter celular e computador apreendidos pela PF, Winter xingou e ameaçou Moraes. "Eu queria trocar soco com esse filho da puta desse arrombado. Infelizmente, não posso."

"Você me aguarde, Alexandre de Moraes. O senhor nunca mais vai ter paz na vida do senhor. A gente vai infernizar a tua vida", acrescentou.

Winter era uma das organizadoras do acampamento na Esplanada dos Ministérios que reunia militantes a favor do governo Bolsonaro desde o início de maio. O grupo acabou sendo desmantelado no último sábado por ordem do governo do Distrito Federal, com a ação de policiais militares, que alegou que não é permitido acampar no local.

Também no sábado, membros do grupo ocuparam momentaneamente a rampa do Congresso Nacional e em seguida lançaram fogos de artifício contra a sede do STF. No fim de maio, eles realizaram um protesto fazendo referências a grupos neonazistas e defensores da supremacia branca dos Estados Unidos.

AS/lusa/efe/ots

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