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Movimento de "cidadãos do Reich" é maior do que se supunha

29 de abril de 2018

Número estimado de adeptos do grupo antigovernamental alemão Reichsbürger saltou 80% em relação a dados divulgados em um relatório de 2016. Movimento ganhou destaque quando membro matou policial.

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Plenarsitzung im Bayerischen Landtag - Reichsbürger
Um "passaporte do Império Alemão": membros do grupo usam documentos piratas que remetem ao antigo ReichFoto: picture-alliance/dpa/P. Seeger

As autoridades alemãs afirmaram que o grupo antigovernamental Reichsbürger é muito maior do que se imaginava anteriormente. A estimativa do número de membros saltou 80% em relação a dados divulgados em 2016.

O serviço de inteligência doméstico da Alemanha, o Escritório Federal para a Proteção da Constituição (BfV, na sigla em alemão), estima agora que há cerca de 18 mil pessoas apoiando o movimento.

Um porta-voz do BfV disse neste sábado (28/04) ao jornal de Berlim Tagesspiegel que pelo menos 950 dos apoiadores foram classificados como extremistas de direita.

Em 2016, o BfV havia apontado que o número de pessoas que aderiram ao Reichsbürger, ou "cidadãos do Reich", era de 10 mil, com 500 a 600 deles classificados como extremistas.

Leia também: Quem são os Reichsbürger?

O termo Reichsbürger é usado como lema para um grupo de alemães que rejeitam a legitimidade do atual Estado da Alemanha. Eles acreditam que as antigas fronteiras de 1937 do Império Alemão ainda existem legalmente e que o atual Estado alemão é um fantoche administrativo artificial dos Aliados. Muitos apoiam ainda ideologias de extrema direita ou antissemitas.

Mas esse aumento acentuado na estimativa de adeptos do movimento não significa que o Reichsbürger esteja atraindo um número grande de novos membros, advertiu o BfV.

O escritório aponta que investigações sobre a cena do Reichsbürger – particularmente desde que um membro matou um policial na Baviera, em 2016 – revelaram mais elementos do grupo. Assim, um número maior de pessoas que já eram adeptas – mas que não eram conhecidas anteriormente pelas autoridades – acabaram sendo identificadas.

O porta-voz do BfV disse ao Tagesspiegel que cerca de 1.200 apoiadores do movimento tinham licença para possuir armas. Desde o início de 2017, as autoridades cassaram as licenças para porte de 450 membros do Reichsbürger.

JPS/dpa

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