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Microchip: a tecnologia "invisível"

Frank Hörnke2 de fevereiro de 2013

Smatphones, tablets, computadores, navegadores GPS, cartões de banco, esses são apenas alguns exemplos de equipamentos de alta tecnologia que as pessoas usam diariamente. O que eles têm em comum? Usam microchip.

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Foto: picture-alliance/dpa

A inteligência artificial parece ser realmente o futuro da tecnologia. Cientistas estão cada vez mais próximos de desenvolver máquinas que possam exercer a função de raciocinar e agir por conta própria. Mas tanta tecnologia sempre vai depender de um componente inventado há mais de meio século, o microchip. Invenção considerada tão importante quanto a eletricidade, o telefone, etc.

Este objeto é um circuito eletrônico miniaturizado, capaz de realizar milhões de funções diferentes, dependendo do objetivo para o qual foi construído, e por isso há inúmeros modelos diferentes. Quase todos os equipamentos digitais precisam desse sistema, seja de forma simples, como num relógio digital, ou complexo, como o de um computador de última geração.

Microchips cada vez menores e mais potentes
Microchips cada vez menores e mais potentesFoto: AP

Estes circuitos são compostos por diversos componentes eletrônicos, sendo que o principal é o transistor, responsável pela amplificação e chaveamento do sistema.

Eles são posicionados de acordo com a função que devem exercer, podendo existir milhares num único circuito, dependendo da função e da complexidade do projeto.

No cotidiano

O microchip foi inventado pelo americano Jack Kilby em 1958. Com o passar dos anos, a indústria foi aprimorando esse componente, tornando-o cada vez mais eficiente e barato, garantindo assim sua produção em larga escala.

Hoje o microchip está por todos os lados, fazendo com que essa tecnologia "invisível" faça parte do cotidiano das pessoas. A começar pelo despertar com um relógio digital; a geladeira com programação de lista de compras que avisa quando algum alimento acabou; o smartphone e o tablet que facilitam o trabalho, estudos e lazer; carros que reconhecem o condutor e fazem ajustes interno; painéis digitais por toda a cidade com propaganda e interatividade; e jogos de videogame com sensor de movimento que fazem tudo parecer real.

Agloves Handschuhe
Microchip: quase invisível, mas bastante presenteFoto: Agloves

No Brasil

As pesquisas com o chip ou Circuito Integrado (CI) em solo brasileiro começaram no Instituto Tecnológico da Aeronáutica, em 1953, e no Instituto de Física da Universidade de São Paulo (USP), na década de 1960. Mas o primeiro chip 100% nacional foi construído em 1971 pelo Laboratório de Microeletrônica (LME) da Escola Politécnica da USP.

O grande salto nesse segmento, no Brasil, aconteceu recentemente. Em 2008 foi fundado o Centro de Excelência e Tecnologia Eletrônica (Ceitec), que desenvolve chips com tecnologia nacional.

Microchip para monitoramento de rebanhos
Microchip também para monitoramento de rebanhosFoto: Getty Images

Trata-se da única fábrica de chips na América latina. Sua capacidade de produção é de 100 milhões de unidades por ano e o foco está na identificação por radiofrequência e outros equipamentos da comunicação sem fio.

Além disso, a fábrica produz chip para carros, contendo todas as informações de identificação do veículo. Mas o principal é o chip para rastrear rebanhos, que foi o primeiro a ser produzido e comercializado em grande escala no país.

A Ceitec também tem metas mais ousadas. De acordo com o superintendente de desenvolvimento de produtos e negócios, Reinaldo de Bernardi, além de suprir a demanda interna, a empresa terá condições de exportar chips, atendendo principalmente o mercado latino-americano.

No mundo

Em termos globais, uma das principais produtoras do microchip é a Intel. Desde 1971, esta empresa norte-americana produz parte dos microprocessadores mais potentes do mundo.

O futuro deverá ser ainda mais automatizado. Como podemos notar ao nosso redor, o desenvolvimento de novas tecnologias tem avançado rapidamente. Chips cada vez mais sofisticados e com capacidade de operação ampliada e mais rápida devem tornar a criação da inteligência artificial cada vez mais realidade.