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Maduro corta três zeros "para fortalecer o bolívar"

23 de março de 2018

Nova moeda vai se chamar bolívar soberano. Presidente apresenta cédulas e diz que medida visa fazer frente à "guerra econômica de perseguição" conduzida à partir da Colômbia.

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Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anuncia a criação da nova moeda, o bolívar soberano
Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anuncia a criação da nova moeda, o bolívar soberanoFoto: Reuters/Miraflores Palace

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou nesta quinta-feira (22/03) o corte de três zeros do bolívar, com o objetivo de fortalecer a moeda venezuelana. O decreto presidencial prevê ainda que novas cédulas entrarão em circulação no país a partir de 4 de junho.

"Decidi reduzir três zeros da moeda e tirar de circulação o cone monetário [conjunto das notas e moedas] para garantir ao povo da Venezuela suas atividades comerciais e monetárias", disse Maduro, em pronunciamento na televisão estatal. "Vamos desmonetizar o atual cone monetário por um novo cone, o bolívar soberano. Não vamos dolarizar nossa economia, vamos defender o nosso bolívar", destacou.

O bolívar soberano será criado, segundo o presidente, a partir de uma solução estrutural, profunda e definitiva, com o objetivo de dar estabilidade ao país. A televisão estatal divulgou imagens do bolívar soberano, com a introdução de moedas de 50 centavos e de 1 bolívar, além de notas de 2, 5, 10, 20, 50, 100, 200 e 500. 

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Vários deputados venezuelanos rechaçaram a medida, afirmado que não traz soluções para a dura crise que o país atravessa. "A reconversão monetária anunciada por Maduro não resolverá nenhum dos problemas dos venezuelanos", afirmou o líder da oposição, Rafael Guzmán, destacando que a criação da nova moeda "aprofunda o caos e aumenta a deterioração" da economia.

Maduro, que concorre à reeleição, assegurou que conseguirá superar a crise econômica no próximo mandato. Ele diz que o novo cone monetário fará frente à "guerra econômica de perseguição financeira" que seu governo atravessa, que atribui ao presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, e à oposição.

O antecessor de Maduro, Hugo Chávez (1999-2013), adotou medida semelhante em 2008, também com o corte de três zeros da moeda, substituindo o bolívar pelo bolívar forte. No final de 2016, o governo havia colocado em circulação seis cédulas novas nos valores de 500, mil, 2 mil, 5 mil, dez mil e 20 mil bolívares.

RC/lusa/efe

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