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Líder da Al Qaeda jura lealdade ao novo mulá do Talibã

13 de agosto de 2015

Em gravação, Ayman al-Zawahiri apoia Akhtar Mansour, que assumiu comando do Talibã após a morte do mulá Omar e vê sua liderança ser contestada. Já a Al Qaeda enfrenta a crescente concorrência do "Estado Islâmico".

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Ayman al-Zawahiri, líder da Al QaedaFoto: picture-alliance/dpa

O líder da Al Qaeda, Ayman al-Zawahiri, jurou lealdade ao novo líder do Talibã, o mulá Akhtar Mansour, numa gravação que circulou na internet nesta quinta-feira (13/08).

O áudio, com dez minutos de duração e acompanhado de imagens de Osama bin Laden e do próprio Zawahiri, é semelhante a outros já divulgados por ele. "Como emir da Al Qaeda, juro-lhes nossa lealdade, seguindo o caminho de Bin Laden e de seus irmãos mártires em sua lealdade ao mulá Omar", disse Zawahiri.

Mansour assumiu a liderança do Talibã após o Afeganistão ter anunciado, no mês passado, a morte do mulá Mohammad Omar, que teria ocorrido há mais de dois anos. O Talibã, então, confirmou a morte e apontou o sucessor.

No entanto, membros da família de Omar rejeitaram a decisão, o que parece ter ampliado um racha dentro do Talibã. De um lado estão os que defendem as negociações de paz com o governo, intermediadas pelo Paquistão; do outro, os que querem dar continuidade à insurgência, que já dura 14 anos.

Já a Al Qaeda se vê ameaçada pelo grupo extremista "Estado Islâmico" (EI), que, após conquistar grande parte da Síria e do Iraque, está fazendo incursões no Afeganistão. Ambos os grupos competem pela lealdade de jihadistas e organizações jihadistas mundo afora.

Na gravação, o líder da Al Qaeda afirma que o "emirado islâmico" estabelecido pelo Talibã no Afeganistão foi o "primeiro emirado legítimo após a queda do Império Otomano, e não há outro emirado legítimo no mundo além desse". Zawahiri prometeu continuar com a "jihad até que cada parte do território muçulmano ocupado esteja livre".

O Talibã governou o Afeganistão entre 1996 e 2001, quando impôs uma interpretação estrita da lei islâmica. O grupo foi derrubado do poder na invasão liderada pelos EUA, logo após os atentados de 11 de setembro de 2001, executados pela Al Qaeda.

LPF/ap/afp/dpa