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Lufthansa deixa de integrar índice Dax

5 de junho de 2020

Fortemente afetada pela crise do coronavírus, companhia aérea perde lugar no principal índice de referência da Bolsa de Frankfurt e passa a fazer parte do MDax, composto por empresas de médio porte.

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Aviões da Lufthansa
Milhares de postos de trabalho estão em risco na LufthansaFoto: Reuters/R. Orlowski

Após o preço das ações da Lufthansa entrar em colapso em decorrência da crise gerada pela pandemia do novo coronavírus, a companhia aérea perdeu seu lugar no Dax, o principal índice de referência da Bolsa de Frankfurt, do qual fazia parte há quase 32 anos.

Para integrar o grupo das 30 empresas que compõem o Dax, são decisivos o volume de negócios na bolsa e o valor de mercado das companhias.

Pertencer ao Dax é uma questão de prestígio. O indicador é a figura de proa da economia alemã, especialmente importante para investidores internacionais. A próxima data de revisão regular para a composição dos índices de ações da Bolsa de Valores de Frankfurt é 3 de setembro de 2020.

Após deixar o Dax, a Lufthansa passará a fazer parte do MDax, composto por empresas de médio porte.

A Lufthansa será substituída no Dax pelo grupo imobiliário berlinense Deutsche Wohnen, que está subindo no índice de ações e é o segundo maior grupo imobiliário privado da Alemanha, possuindo 160 mil moradias em todo o país. Nesta sexta-feira (05/06), a Deutsche Wohnen convidou os acionistas para sua assembleia geral anual. A maior imobiliária privada alemã, Bochumer Vonovia, está no Dax há cinco anos.

Em setembro de 2019, a Thyssenkrupp teve que deixar o principal índice do mercado de ações; um ano antes, foi a vez do Commerzbank, que teve que abrir espaço para o processador de pagamentos Wirecard.

Assim como a Lufthansa, a Thyssen e o Commerzbank também pertenciam ao grupo das 15 empresas listadas no índice sem interrupção desde o início do Dax em 1º de julho de 1988.

A Lufthansa foi bastante afetada na crise do coronavírus, que afetou fortemente o tráfego aéreo nos últimos meses. Por esse motivo, milhares de postos de trabalho estão em risco no grupo, que tem atualmente cerca de 138 mil funcionários.

Para socorrer a companhia, o governo em Berlim lançou um pacote de resgate financeiro de 9 bilhões de euros. Em troca, o Fundo de Estabilização Econômica (WSF) estatal deve assumir mais de 20% das ações.

Também está planejado que o governo alemão ocupe dois cargos no conselho de administração da Lufthansa, que tem 20 membros. Os acionistas da Lufthansa ainda precisam dar sinal verde para esse pacote de socorro, em assembleia geral extraordinária a ser realizada em 25 de junho.

CA/dpa/afp/rtr/dw

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