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Jutta Limbach assume presidência do Instituto Goethe

(lk)21 de maio de 2002

O ministro do Exterior da Alemanha, Joschka Fischer, empossou a nova presidente do Goethe-Institut Inter Nationes, instituição que divulga a língua e a cultura alemãs no exterior em nome do governo.

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Foto: AP

Jutta Limbach, presidente do Goethe-Institut Inter Nationes a partir desta terça-feira (21), é uma das mulheres de maior destaque na vida pública da Alemanha. Foi nomeada catedrática de Direito da Universidade Livre de Berlim em 1971, numa época em que as cátedras das faculdades, nessa área, estavam firmes em mãos masculinas, e assumiu em 1989 o cargo de secretária da Justiça de Berlim. De 1994 até abril deste ano, ocupou um dos cargos mais altos do país: o de presidente do Tribunal Constitucional Federal.

Limbach, social-democrata de 67 anos, é sucessora de Hilmar Hoffmann, que se aposentou após nove anos à frente da instituição que divulga no exterior, em nome do governo, a língua e a cultura alemãs. Sediado em Munique, o Goethe-Institut Inter Nationes mantém 128 representações em 76 países e 16 institutos na Alemanha.

"Instrumentos da cultura mais importantes que as armas"

Na opinião da jurista, existem paralelos entre as atividades do Tribunal Constitucional e do Instituto Goethe. Ambos trabalham em defesa dos direitos dos cidadãos, um no próprio país, o outro no exterior, afirmou Limbach em entrevista à Deutsche Welle.

Fiel à sua convicção de que "os instrumentos da cultura são mais importantes do que as armas", ela vê a ênfase de seu trabalho, na atual situação política, no "diálogo com o mundo islâmico", que ela interpreta como "atuação em favor dos direitos humanos e dos cidadãos também fora da Alemanha".

Com esta finalidade, uma representação do Goethe deverá ser reaberta em Cabul, a capital do Afeganistão, assim que possível.

Defesa da democracia e do Estado de direito

Mas ela não vê a atuação do Instituto Goethe como de importância apenas para o diálogo intercultural. Para ela, a Alemanha, com sua penosa história no século 20, é predestinada a representar e defender, perante outros povos, os valores da democracia, do Estado de Direito e do Estado de bem-estar social.

Neste sentido, ela atribui grande peso à atuação nos países menos desenvolvidos e de vida política mais atribulada. Reivindica que os políticos não apenas louvem o papel da política de divulgação da cultura no exterior, mas também disponibilizem os recursos financeiros necessários para que todos os mediadores – entre os quais a Deutsche Welle – estejam aptos a cumprir sua tarefa.