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Internet para todos!

Theo Georgitsopoulos / lk19 de fevereiro de 2003

A União Européia quer se tornar um dos espaços econômicos mais competitivos e dinâmicos do mundo. O plano de ação intitulado e-Europe 2005 deve dar um impulso neste sentido.

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Se depender do Parlamento Europeu, ninguém ficará excluídoFoto: Illuscope

Acesso livre à internet para todos é o lema do projeto e-Europe 2005. O plano de ação prevê proporcionar aos cidadãos da União Européia o ingresso na sociedade da informação por meio de redes de banda larga, fomentando ainda o clima para investimentos, a criação de empregos e a produtividade. A ofensiva inclui, além disso, a modernização dos serviços públicos. Um relatório sobre os planos, apresentado pelo deputado finlandês Reino Paasilinna, foi aprovado pelo Parlamento Europeu em meados de fevereiro.

Rumo à e-sociedade

Uma das palavras mágicas do projeto é o e-government: todas as repartições públicas deverão oferecer seus serviços na internet. Faz parte do programa ainda o e-learning: até 2005, escolas, universidades, museus, bibliotecas e arquivos deverão estar conectados, sem exceção, à rede global. O aspecto social será coberto pelo e-health, o serviço eletrônico de prevenção de saúde. A ambiciosa estratégia dos europeus estende-se também ao e-business, prevendo facilitar e assegurar juridicamente todas as transações comerciais online. A implementação do plano pela Comissão Européia deverá ocorrer até fins de 2004, reivindica o Parlamento Europeu.

O projeto tem em vista sobretudo as pessoas que até agora nunca tiveram contato com o mundo da internet, esclarece o deputado Reino Paasilinna, especialmente os "pobres e socialmente desfavorecidos". Para tanto, o Parlamento Europeu exige a criação de fundos nacionais, sendo que estão sendo estudados dois modelos de financiamento: por meio do mercado ou por meio do setor público.

Revolução digital

Considerando a atual crise econômica, parece difícil garantir o financiamento do projeto, um ceticismo não compartilhado por Paasilinna. Construir novas estradas é muito mais caro do que instalar uma rede de banda larga, argumenta o parlamentar. E quando todas as informações das administrações públicas estiverem acessíveis na internet, isso terá o impacto de uma revolução, acrescenta o político finlandês. Com seus serviços velozes e de baixo custo, o e-government vai provocar "mudanças dramáticas na sociedade da informação".

O aproveitamento desse potencial deverá render aos países membros 68 bilhões de euros, calcula Paasilinna, sem falar na geração de quatro milhões de novos postos de trabalho. O deputado vê vantagens sobretudo para empresas pequenas e médias, que poderão lucrar com as informações administrativas disponíveis na internet já ao serem fundadas. A Comissão Européia vai verificar meticulosamente quanto cada país membro vai disponibilizar para o e-government, o e-learning e o e-health, assegura ele.

Mas isto não é tudo: os países membros da UE foram instados ainda a fomentar a televisão digital, a telecomunicação móvel e a ampliação de redes de transmissão digital via satélite. O futuro será digital.