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Guaidó diz que policiais tentaram intimidar sua família

1 de fevereiro de 2019

Líder oposicionista relata que agentes de Nicolás Maduro tentaram interrogar sua mulher na residência do casal. Apenas a filha de 20 meses e uma avó dela estavam em casa.

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Juan Guaidó
"Eles são os que querem cruzar a linha vermelha", disse GuaidóFoto: Reuters/C. Garcia Rawlins

O presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Juan Guaidó, que se autoproclamou presidente interino do país, denunciou nesta quinta-feira (31/01) que agentes da Polícia Nacional Bolivariana foram até sua casa em Caracas para tentar interrogar sua esposa, Fabiana Rosales, que não estava no local.

Guaidó afirmou nas redes sociais que qualquer incidente relacionado a sua família seria de responsabilidade do governo de Nicolás Maduro e agradeceu aos vizinhos por alertarem sobre a presença de membros das forças especiais da Polícia Nacional.

"Eles estão, evidentemente, medindo a capacidade de reação. E outra vez se deram mal", disse Guaidó a jornalistas pouco depois de chegar em casa e ver que os agentes tinham ido embora.

"Foram atrás da minha família porque sabemos que esse é o modus operandi", acrescentou o líder da oposição.

No momento da operação, apenas a filha de Guaidó, de 20 meses, e uma das avós da criança estavam na casa. Os agentes chegaram ao local em motos e numa caminhonete, se identificaram como membros das Forças de Ações Especiais (Faes) e perguntaram se Fabiana estava na casa. Ela, porém, acompanhava o marido em um evento em Caracas para apresentar um programa de desenvolvimento para o país durante a transição de governo.

"Eles são os que querem cruzar a linha vermelha", disse Guaidó. "Eu os responsabilizarei por qualquer ameaça ao meu bebê", disse Guaidó, ao final de um evento público em Caracas.

O líder da oposição aproveitou a ocasião para reiterar a proposta de anistia para policiais que desobedecerem as ordens de Maduro.

O secretário-geral da OEA (Organização dos Estados Americanos), Luis Almagro, condenou a tentativa de intimidação, e disse que "esse é o diálogo de Nicolás Maduro" e afirmou esperar "que nenhum país democrático nem organização aceite isso".

Guaidó chegou a ser preso no último dia 13, por agentes do Serviço de Inteligência Bolivariano (Sebin), quando participava de um evento com simpatizantes em uma região próxima a Caracas. O opositor foi libertado meia hora depois.

Os Estados Unidos, que apoiam Guaidó, têm advertido sobre "sérias consequências" se o governo Maduro ferir o líder da oposição.

JPS/efe/rtr/ots

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