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França homenageia vítimas do atentado em Nice

14 de julho de 2017

Cerimônia lembra 86 mortos no ataque que atingiu balneário da Côte d’Azur há exato um ano. Macron promete "luta incansável" contra terrorismo e condecora policiais e civis que tentaram conter agressor no dia do massacre.

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Os ex-líderes Hollande e Sarkozy, o príncipe Alberto 2º, o presidente Macron e o prefeito de Nice, Christian Estrosi
Da dir. para esq.: prefeito de Nice, Christian Estrosi; presidente Macron, príncipe Albert 2º, ex-líderes Hollande e Sarkozy Foto: Reuters/E. Gaillard

Em vez da tradicional comemoração do Dia da Bastilha, a cidade francesa de Nice foi palco nesta sexta-feira (14/07) de uma cerimônia em memória das vítimas do atentado com um caminhão ocorrido há exato um ano. O presidente francês, Emmanuel Macron, comandou a solenidade.

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Em discurso na famosa Place Masséna – sob forte esquema de segurança e cercada por blocos de concreto –, o mandatário prometeu "uma luta incansável" no combate ao terrorismo, tanto dentro como fora da França. "Devemos isso a vocês", disse ele, na presença de familiares das vítimas.

"Esse atentado nos lembrou brutalmente do preço da liberdade. Sabemos quanto custa essa liberdade e o que nossos inimigos estão dispostos a fazer para nos privar dela", acrescentou o líder francês, lembrando que o incidente faz parte da "história do mundo inteiro", em alusão ao fato de haver pessoas de 19 nacionalidades diferentes entre as vítimas.

Ato em Nice em memória das vítimas contou com desfile militar e condecorações
Ato em Nice em memória das vítimas contou com desfile militar e condecoraçõesFoto: Getty Images/AFP/V. Hache

Macron também se comprometeu a concluir o processo de indenização de familiares e feridos por parte do Estado, cujo ritmo lento tem sido motivo de insatisfação – apenas 25 milhões dos 300 milhões de euros prometidos foram pagos até então. "Eu sou sua garantia", assegurou o líder.

Além do presidente, participaram da cerimônia o prefeito de Nice, Christian Estrosi, os ex-presidentes Nicolas Sarkozy e François Hollande – quem comandava o país à época do ataque –, o príncipe de Mônaco, Albert 2º, bem como vários outros membros do governo em Paris.

Durante o ato, Macron condecorou, com a prestigiada Legião de Honra francesa, vários cidadãos e membros das forças de segurança por suas ações naquele 14 de julho. Entre eles estão Franck Terrier, que jogou sua moto embaixo das rodas do caminhão na tentativa de parar o veículo, e os policiais Gaetan Roy e Magali Cotton, que perseguiram o agressor a pé até a sua capturação.

Aviões da Patrouille de France fazem acrobacias no ar deixando rastro com as cores da bandeira francesa
Aviões da Patrouille de France fazem acrobacias no ar deixando rastro com as cores da bandeira francesaFoto: Reuters/E. Gaillard

Além das condecorações, houve ainda um desfile militar e um minuto de silêncio às vítimas. Em certo momento, foram lidos também os nomes das 86 pessoas que morreram no atentado, enquanto placas com esses nomes eram dispostas num painel de maneira a formar um coração.

Mais cedo nesta sexta-feira, cerca de 12 mil folhas nas cores da bandeira francesa – azul, branca e vermelha – foram entregues aos cidadãos para serem dispostas no famoso Boulevard des Anglais, onde ocorreu o ataque. Ao fim, via-se escrito o slogan francês: liberdade, igualdade, fraternidade.

Civis dispõem placas no chão para formar slogan revolucionário francês
Civis dispõem placas no chão para formar slogan revolucionário francêsFoto: picture-alliance/abaca/P. Clemente

Em 14 de julho de 2016, o francês nascido na Tunísia Mohamed Lahouaiej-Bouhlel avançou com um caminhão contra a multidão reunida no Boulevard des Anglais para comemorar o Dia da Bastilha. O ataque durou apenas alguns minutos, o suficiente para matar 86 pessoas e ferir mais de 400.

O grupo terrorista "Estado Islâmico" (EI) reivindicou a responsabilidade pelo atentado, mas as autoridades, até hoje, não conseguiram comprovar a relação entre a milícia e o agressor.

EK/ap/afp/dpa/efe