Fenômenos climáticos na arte
Não há como ignorar o clima. Faça sol ou faça chuva, ele está sempre à nossa volta. Uma exposição em Bonn mostra como a cultura incorporou o clima e como a arte o retrata desde a Antiguidade.
Classificação de nuvens
Desde 1802, as nuvens são enumeradas e classificadas de forma sistemática em um catálogo criado pelo naturalista inglês Luke Howard. Impressionado com o tema, o poeta alemão Johann Wolfgang von Goethe escreveu uma poesia sobre a formação das nuvens. O pintor inglês John Constable, que se considerava um especialista em nuvens, pintou suas observações sobre a vista de Salisbury (na foto).
A cruz com o Sol
Como será o tempo amanhã e nos próximos dias? Há séculos, a humanidade se faz essa pergunta. Este relógio solar em forma de cruz é do século 17. Os relógios solares eram usados já na Antiguidade.
Contraste entre céu e água
A mostra no museu Bundeskunsthalle de Bonn questiona até que ponto catástrofes e fenômenos climáticos influenciam não só o meio ambiente como também a cultura. O pintor inglês de paisagens William Turner tinha grande interesse pelos fenômenos atmosféricos, tanto que o contraste entre céu e as águas do rio Tâmisa em Londres foram um tema constante em suas pinturas, como neste quadro de 1795.
Neblina escocesa
O francês Jean-Bruno Gassies pintou essa paisagem montanhosa da Escócia em 1826. A névoa era um tema muito recorrente entre os pintores românticos para imprimir um certo clima de mistério em seus trabalhos. A veneração da natureza indicava também um forte anseio pela espiritualidade e pela religiosidade.
Impressionistas e o clima
O francês Louis Eugène Boudin foi um precursor do Impressionismo. Nos anos de 1890, pintou a praia de Trouville na costa atlântica francesa. Um dos primeiros paisagistas a pintar ao ar livre, era também considerado o "rei do céu", porque transpunha magistralmente as belezas do céu para as telas. Nesta pintura, o mar encontra-se tranquilo, apesar da ameaçadora tormenta que se anuncia.
Aviso de névoa
Esse instrumento de sinalização sonora ("foghorn", corneta de neblina) é importante na navegação marítima. A mistura entre clarinete e trompete serve para alertar outras embarcações sobre neblina. Essa sirene de Lefèbre (foto) foi utilizada pela primeira vez em 1877 na costa norte da Holanda.
Paisagem ameaçadora
Além de provocar medo, uma tempestade também pode ter seu lado belo. Com o surgimento da fotografia, as observações meteorológicas tornaram-se mais precisas. As tomadas fotográficas de paisagens foram igualmente incorporadas por pintores em favor da arte. O americano Albert Bierstadt, por exemplo, concentrou-se no efeito dramático da luz em seu quadro intitulado "Chegada da tempestade", de 1891.
Um símbolo é atingido
Em 1889, graças a sua altura, a Torre Eiffel era estratégica para a transmissão de dados meteorológicos. Cerca de 350 estações em todo o mundo, inclusive na África, recebiam as informações transmitidas de Paris. Esta foto de 1902 mostra o momento exato em que a torre é atingida por um raio, mas ele não provocou dano algum ao símbolo absoluto da capital francesa.