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Ex-chefe de governo Helmut Kohl diz que não renunciou pelo euro

Neusa Soliz25 de dezembro de 2001

Em entrevista transmitida nesta terça-feira, o ex-chefe de governo alemão Helmut Kohl alega que o projeto da União Monetária Européia impediu sua renúncia no final de 1996.

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Helmut Kohl quando era chefe de governoFoto: Bundestag

O ex-chanceler federal alemão Helmut Kohl não renunciou ao cargo no final de 1996 e início de 1997 para não prejudicar o projeto da União Monetária Européia, que estava numa fase decisiva. Kohl fez essa declaração numa entrevista ao canal n-tv, transmitida nesta terça-feira. Naquela época ele estava disposto a deixar a chefia de governo. Mas se o fizesse, o euro "nunca teria chegado", por causa da forte rejeição na Alemanha, justificou.

Helmut Kohl exerceu o cargo durante 18 anos, sendo várias vezes acusado de "grudar-se ao trono" de chanceler federal. O político da União Democrata Cristã (CDU) considerou a introdução da moeda comum européia um de seus "sonhos políticos mais importantes".

Europa irreversível

- Sua expectativa é de que o euro fortaleça os elos entre os europeus. "Essa Europa é irreversível", pelo que a nova moeda não seria somente um meio de pagamento, como também um veículo da integração européia.

Presidente de seu partido por longos anos, o ex-chanceler federal mostrou compreensão para a distância com que o encaram alguns de seus companheiros de partido. Através de sua simples existência Kohl teria "estragado uma ou outra carreira", confessou.

Helmut Kohl mostrou-se, porém, convencido de que, entre os membros do CDU e a população em geral, sua imagem não saiu muito prejudicada do escândalo envolvendo doações ilegais à democracia cristã. Chegará o dia em que seus erros e suas conquistas serão cotejados e julgados com maior objetividade, declarou. Ele próprio pretende fazer um balanço de sua vida política em uma autobiografia que está por escrever.