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EUA vão doar 6 milhões de vacinas para América Latina

3 de junho de 2021

Brasil deve receber uma parte do lote indiretamente, via consórcio Covax Facilty, da OMS. Já países parceiros dos EUA como México e Índia vão receber doações diretas de outro lote similar.

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Joe Biden
Biden afirmou que os EUA não vão doar doses "para obter favores ou concessões", mas para salvar vidas e "liderar o mundo rumo ao fim da pandemia"Foto: Evan Vucci/AP/dpa/picture alliance

Os Estados Unidos incluíram o Brasil em uma lista de países que irão receber doações indiretas de doses de vacinas contra a covid-19. O anúncio foi feito pelo governo americano nesta quinta-feira (03/06) e envolve um lote de 25 milhões de vacinas, que deve ser dividido entre pelo menos 40 países.

Em comunicado, o presidente dos EUA, Joe Biden, anunciou que ao menos 75% dessas doses - quase 19 milhões - serão distribuídas através do consórcio Covax Facilty, da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Desse lote de 19 milhões, 7 milhões de doses serão destinadas à Ásia, 5 milhões irão para a África e mais de 6 milhões serão enviadas a alguns países da América Latina, incluindo o Brasil.

As outras 6 milhões de doses a serem distribuídas diretamente, fora do mecanismo Covax, têm como destino parceiros dos EUA, como México, Canadá e Coreia do Sul, além de nações e territórios como a Cisjordânia, Faixa de Gaza, Ucrânia, Índia, Kosovo, Geórgia, Iraque e Iêmen, entre outros. Parte também será destinada a funcionários das Nações Unidas.

O número exato de vacinas que deve chegar ao Brasil não foi divulgado. Pelo cálculo americano, o Brasil deverá dividir um lote de 6 milhões destinado à América Latina com Argentina, Colômbia, Costa Rica, Peru, Equador, Paraguai, Bolívia, Guatemala, El Salvador, Honduras, Panamá, Haiti, a República Dominicana e os 15 países da Comunidade do Caribe.

O Brasil é membro da aliança Covax, da OMS, mas só aderiu à cobertura mínima prevista no acordo, de 10% da população, quando havia a opção de negociar até 50%.

"Enquanto esta pandemia se prolongar em qualquer parte do mundo, o povo americano continuará sendo vulnerável, e os EUA estão comprometidos a oferecer a mesma urgência aos esforços internacionais de vacinação que temos demonstrado em casa", explicou Biden na nota.

O presidente afirmou que os EUA não compartilham essas doses "para obter favores ou concessões", mas para salvar vidas e "liderar o mundo rumo ao fim da pandemia".

Ao todo, os EUA já se comprometeram a doar 80 milhões de doses de vacina. O restante das doses, ainda - 55 milhões - deve seguir posteriormente o mesmo padrão de distribuição, com 75% a serem doadas via Covax e 25% de compartilhamento direto com vizinhos e parceiros estratégicos.

jps (efe, afp, ots)