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EUA restringem venda de cigarros eletrônicos com sabor

3 de janeiro de 2020

Governo americano proíbe a maioria de cartuchos descartáveis com sabor, permitindo apenas tabaco e mentol. Medida visa barrar consumo do produto por adolescentes.

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Loja de cigarros eletrônicos em San Francisco
Proibição atinge cigarros eletrônicos que usam cartuchos descartáveis Foto: Getty Images/J. Sullivan

O governo de Donald Trump anunciou nesta quinta-feira (02/01) a proibição nos Estados Unidos da maioria dos sabores de cigarros eletrônicos. A medida visa coibir o crescente uso do produto por adolescentes.

A Administração de Drogas e Alimentos dos Estados Unidos (FDA) informou que a partir de fevereiro só será permitida a venda de recargas com os sabores tabaco e mentol. A proibição atinge cigarros eletrônicos que usam cartuchos descartáveis cheios de nicotina líquida e costumam ser vendidos em lojas de conveniência.

A medida, no entanto, não atinge cigarros eletrônicos que não necessitam deste tipo de cartucho e são vendidos principalmente em lojas especializadas, que comercializam o sistema de tanque no qual usuários podem encher o dispositivo com o sabor de sua escolha.

O secretário de Saúde e Serviços Humanos dos EUA, Alex Azar, disse que a restrição visa evitar o uso da substância entre os mais jovens e que a abordagem é "uma política inteligente e direcionada, que protege as crianças sem criar perturbações desnecessárias".

A proibição foi criticada por especialistas em saúde pública que afirmaram que a medida não vai longe o suficiente. O diretor-executivo da Sociedade Americana de Câncer, Gary Reedy, disse que essa política "permitirá que a indústria do tabaco continue a atrair crianças para uma vida inteira de vício".

O presidente democrata do Comitê de Energia e Comércio da Câmara dos Representantes dos EUA, Frank Pallone, afirmou que uma proibição que isenta o mentol e as lojas especializadas não é uma proibição.

Em setembro do ano passado, o governo Trump havia proposto uma proibição de todos os sabores de cigarros eletrônicos, com exceção para o tabaco, porém, voltou atrás após sofrer pressão da indústria do tabaco que alegou que a medida iria custar empregos no setor e votos para o presidente que busca a reeleição em novembro.

"Precisamos proteger nossas famílias. Ao mesmo tempo é uma grande indústria e queremos proteger a indústria", afirmou Trump antes do anúncio oficial da restrição.

Em novembro, o Congresso americano aprovou uma lei que aumentou de 18 para 21 anos a idade mínima para o consumo de cigarros eletrônicos. A medida entrará em vigor em todo o país a partir de setembro deste ano.

O número de consumidores adolescentes deste produto vem aumentando nos últimos anos. Em 2019, 27,5% dos alunos de ensino médio nos EUA usaram cigarros eletrônicos, em 2018, foram pouco mais de 20,8%. Uma pesquisa mostrou que hortelã era o sabor preferido entre estudantes.

CN/rtr/afp/ap

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