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EUA: Empregados da Apple se sindicalizam pela primeira vez

19 de junho de 2022

Trabalhadores de loja em Maryland decidiram aderir a sindicato, os primeiros da divisão de varejo da empresa. Sindicatos americanos perderam poder e filiados nas últimas décadas, mas vêm conquistando sucessos simbólicos.

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Pessoas passam em frente a loja da Apple
Empregados da Apple em Towson querem participação das decisões sobre salários, horário de trabalho e medidas de segurançaFoto: Justin Sullivan/Getty Images

É a primeira vez na história da empresa de tecnologia nos Estados Unidos: 65 dos 110 funcionários de uma loja da Apple na cidade de Towson, no estado de Maryland, votaram para formar um sindicato em uma reunião transmitida ao vivo pelo órgão federal responsável. Os funcionários exigem codeterminação sobre salários, horário de trabalho e medidas de segurança.

Os funcionários locais da Apple em Towson têm "o apoio de uma sólida maioria de nossos colegas", escreveram em uma carta ao CEO da empresa, Tim Cook. Eles disseram que entrar para o sindicato não era um movimento contra a direção da companhia.

Como resultado da decisão, os funcionários da loja da Apple formarão uma representação local do sindicato dos operadores de máquinas (IAM), um dos maiores e mais diversos sindicatos do país. 

A votação ocorreu após uma campanha pela sindicalização organizada por um grupo de funcionários chamado AppleCORE (coalizão de funcionários organizados do varejo, na sigla em inglês). "Conseguimos, Towson! Vencemos a votação pela sindicalização! Obrigado a todos que trabalharam tão duro e a todos que apoiaram! Agora nós celebramos... Amanhã, seguiremos organizando", disse a AppleCORE no Twitter.

O presidente do IAM, Robert Martinez, elogiou a "coragem" dos funcionários da Apple. Ele disse que a vitória representava a "demanda crescente por sindicatos nas lojas da Apple e em diferentes setores da economia em toda a nossa nação". A Apple não comentou a decisão.

Alegações de tentativa de intimidação 

Os trabalhadores da Apple em Towson são os primeiros funcionários da divisão de varejo da Apple a se sindicalizarem. Os trabalhadores da Apple em Atlanta que também queriam se sindicalizar retiraram o seu pedido em maio, e alegaram que estavam sendo intimidados.

A diretora de recursos humanos da Apple, Deirdre O'Brien, havia visitado a loja de Towson em maio, quando afirmou que um sindicato "complicaria" a relação entre a empresa e seus funcionários ao atuar como "mediador".

Sindicatos americanos em alta

Nos Estados Unidos, os sindicatos perderam considerável poder e número de filiados nas últimas décadas. Nos últimos meses, no entanto, eles vêm alcançando algumas conquistas simbólicas. 

Trabalhadores de duas lojas da rede Starbucks em Buffalo, no estado de Nova York, aderiram a um sindicato em dezembro passado. No início de abril, trabalhadores de um armazém da Amazon em Staten Island, também em Nova York, foram os primeiros da empresa a votarem a favor da sindicalização.

bl (AFP, Reuters)