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EUA avisam que enviarão tropas se Rússia invadir Ucrânia

7 de dezembro de 2021

Biden busca frente unida com aliados europeus perante temor de que Putin decida atacar Ucrânia. Líderes americano e russo vão se falar por telefone.

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Vladimir Putin e Joe Biden
Biden não dará a Putin a garantia de que Ucrânia jamais fará parte da Otan

Na véspera de uma reunião por teleconferência entre os presidentes Joe Biden e Vladimir Putin, os Estados Unidos anunciaram nesta segunda-feira (06/12) que enviarão mais soldados ao Leste da Europa diante da ameaça de uma invasão da Ucrânia pela Rússia.

A Casa Branca comunicou que Biden avisará Putin nesta terça-feira que está preparado para reforçar a fronteira oriental da Otan com tropas adicionais caso a Rússia ataque ou invada a Ucrânia.

A Casa Branca ressalvou, porém, que o envio de tropas não equivale a uma "resposta militar direta" dos Estados Unidos, mas ocorreria no âmbito de uma combinação de vários elementos: apoio ao exército ucraniano, fortes sanções econômicas e um aumento substancial do apoio aos aliados na Otan.

Em paralelo, o Departamento de Defesa dos EUA anunciou não acreditar que um conflito seja inevitável porque "há tempo e espaço para a diplomacia" e que "nada mudou" no que diz respeito ao apoio dos EUA à Ucrânia.

Temor de invasão

O Pentágono afirmou estar acompanhando com atenção os movimentos do presidente russo, que está somando "capacidades militares na parte ocidental do seu país e em torno da Ucrânia".

Os serviços secretos dos Estados Unidos estimam que a Rússia tem cerca de 70 mil soldados, juntamente com equipamento e artilharia, mobilizados na fronteira ucraniana e suspeitam que possa estar preparando um ataque, que viria já em 2022, de acordo com funcionários citados pela imprensa americana.

Do lado russo, o Kremlin comunicou que Putin vai procurar firmes garantias de Biden de que a Ucrânia jamais venha a ser incluída nos planos de expansão da Otan, mas Biden já indicou que não dará essa garantia. 

Ameaça de sanções econômicas

Apesar de sanções econômicas não terem conseguido até agora que o Kremlin alterasse as suas decisões, segundo numerosos observadores, o governo dos EUA assegura que desta vez adotará medidas punitivas sem precedente.

Ao mesmo tempo, Washington está apostando na coordenação com parceiros europeus. Na segunda-feira houve uma reunião entre Biden e líderes da Alemanha, França, Itália e Reino Unido. Depois do encontro, esse grupo de Estados exprimiu a sua determinação em que a soberania da Ucrânia seja respeitada, segundo um comunicado da presidência francesa.

O premiê britânico, Boris Johnson, disse que o grupo concordou em apresentar uma frente unidade em torno da questão ucraniana.

Envolvido nessa mesma atividade diplomática, o secretário de Estado Antony Blinken falou ao telefone com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e reiterou o apoio de Washington.

as (Lusa, AP)