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Estados Unidos suspendem voos com Boeing 737 MAX

13 de março de 2019

Após ordem de Trump, agência americana proíbe pouso e decolagem de aviões dos modelos 737 MAX 8 e 9. País se une a mais de 50 nações onde o uso das aeronaves foi suspenso depois de acidente na Etiópia.

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Boeing 737 MAX 8
A série MAX, lançada em 2017, é a versão mais recente do Boeing 737Foto: Getty Images/S. Brashear

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ordenou nesta quarta-feira (13/03) a suspensão imediata de todos os voos do país com aviões Boeing 737 MAX 8 e 9, após o acidente que matou mais de 150 pessoas na Etiópia no fim de semana envolvendo uma aeronave dessa série.

Dezenas de países já suspenderam o uso desses aviões, mas até então a Agência Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA, na sigla em inglês) vinha alegando não ter indícios para provar que as aeronaves não são seguras para voar.

Pouco após o anúncio de Trump, a FAA emitiu uma ordem de emergência determinando que os aviões desse modelo permaneçam em solo. Segundo a agência, a decisão foi tomada com base em "novas provas" e dados de satélite.

O presidente afirmou que as companhias aéreas foram notificadas antes do anúncio oficial para que pudessem realocar seus passageiros em outros voos. Empresas do país operam dezenas de aeronaves desse modelo. A maior frota é da Southwest Airlines, que possui 34 jatos Boeing da série MAX.

Segundo o republicano, aviões que já estiverem no ar seguirão até seu destino final e depois serão retirados de serviço. A partir de então estarão proibidos decolagens e pousos do modelo no país.

A segurança do povo americano é a "preocupação primordial", disse Trump a jornalistas na Casa Branca. "Espero que eles apresentem uma resposta [sobre o acidente], mas até que eles façam isso os aviões ficam em solo."

A decisão foi anunciada após dois acidentes recentes com aviões do modelo 737 MAX 8. No último domingo, a queda de uma aeronave da Ethiopian Airlines matou todos os 157 ocupantes. O desastre aconteceu menos de seis meses depois de um acidente com o mesmo modelo da companhia indonésia Lion Air, que deixou 189 mortos.

Tanto o voo da Ethiopian, que havia decolado da capital da Etiópia, Addis Abeba, quanto o da Lion Air, que havia partido de Jacarta, caíram minutos após deixarem o aeroporto.

Os desastres levaram mais de 50 países a interditarem seus espaços aéreos para aeronaves desse modelo ou verem suas companhias nacionais suspenderem o uso dos aviões. É o caso do Brasil: a empresa aérea Gol, a única no país que possui aviões desse modelo, anunciou que manterá temporariamente em solo suas sete aeronaves 737 MAX 8.

China, Indonésia e Etiópia foram os primeiros países a ordenarem que suas companhias suspendam o uso do avião. A decisão foi seguida pela União Europeia (UE), que na terça-feira fechou seu espaço aéreo para o novo Boeing alegando medida de precaução.

O Canadá se uniu a essa lista nesta quarta-feira, pouco antes de Trump anunciar a decisão americana. Três companhias aéreas canadenses, Air Canada, WestJet e Sunwing, operam um total de 40 Boeing 737 MAX 8, que agora estão proibidos de usar o espaço aéreo do país.

O 737 é o avião de passageiros moderno mais vendido do mundo e é considerado um dos mais confiáveis. A série MAX, lançada em 2017, é a versão mais recente do bimotor de corredor único da Boeing e já recebeu mais de cinco mil pedidos de cerca de 100 clientes.

A série é mais eficiente em termos de combustível em comparação com seus antecessores e há quatro variantes: MAX 7, MAX 8, MAX 9 e MAX 10, que podem transportar entre 138 e 204 passageiros e foram projetadas para voos de curta e média distância.

Desde a década de 1970, quando ocorreram sucessivos acidentes fatais com o McDonnell Douglas DC-10, um modelo recém-lançado não era envolvido em duas quedas num período tão curto.

EK/afp/ap/dpa/efe/lusa/rtr

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