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Extrema esquerda e violência

(na/av)11 de abril de 2007

Extremistas de esquerda da Europa encabeçam os protestos contra a injustiça internacional. Cúpula do G8 é seu próximo alvo. A coordenação das manifestações melhorou. O estigma de violência persiste, devido a uma minoria.

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Protestos durante a cúpula em GênovaFoto: AP

À medida que se aproxima a cúpula de junho do G8, na cidade alemã de Heiligendamm, cresce o temor de incidentes violentos, como os que têm marcado outros grandes eventos da globalização.

Os ativistas da Europa, sobretudo os da esquerda radical, participam cada vez mais intensamente das manifestações de grande projeção. Ao que tudo indica, a facção reencontrou um ímpeto praticamente esquecido desde o radicalismo dos anos 60-70. Incitado pela oposição à guerra, pela globalização, pelas desigualdade e pelas ameaças ao meio ambiente, o movimento faz novamente sentir sua presença.

Um exemplo são as "marchas de Páscoa", que vêm conquistando um número crescente de manifestantes ao longo dos últimos quatro anos. A participação nessa data tradicional no calendário ativista europeu caíra sensivelmente na década de 90. Entretanto, a invasão do Iraque em 2003 marcou o início de um renascimento gradual dos protestos de esquerda.

Coordenação e logística

Contudo, nem a guerra, nem a pobreza e nem a desigualdade são problemáticas novas. O atual ressurgimento tem também muito a ver com organização. O alto grau de coesão e profissionalismo exigidos para reunir, num mesmo local, grupos ideologicamente aparentados de todo continente sugere que haja uma rede de extrema esquerda em ação.

A Globalise Resistance é uma organização não violenta, com base em Londres. Guy Taylor, um de seus representantes, revelou à DW-WORLD que a associação tem representado papel decisivo na mobilização dos ativistas, coordenando muitas das maiores manifestações do continente nos últimos seis anos, como as em torno das cúpulas da UE e do G8.

Cas Mudde, professor de ciências políticas da Universidade da Antuérpia, comenta: "A esquerda radical sempre se integrou melhor do que a extrema direita, pelo fato de haver contado com o apoio de estados como a União Soviética e a China. Embora esse apoio estatal não mais exista, a esquerda tem uma ideologia mais internacional e as conexões se mantêm, permitindo a organizações independentes trabalharem juntas".

Clique no link abaixo para ler sobre as conexões entre a extrema esquerda e violência nas manifestações.