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Esposa de Fillon é indiciada por empregos fictícios

29 de março de 2017

Penelope Fillon é acusada de ser cúmplice no escândalo dos supostos cargos públicos fantasmas concedidos a familiares pelo candidato conservador à presidência da França. Ela é a terceira indiciada no caso.

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Penelope é acusada de ter sido funcionária fantasma
Penelope é acusada de ter sido funcionária fantasma Foto: Getty Images/AFP/T. Samson

A campanha candidato à presidência da França, François Fillon, sofreu mais um revés nesta terça-feira (28/03). A esposa do conservador, Penelope Fillon, foi indiciada por diversos crimes relacionados ao seu envolvimento no caso dos supostos cargos fictícios que ela teria exercido na Assembleia Nacional e numa revista.

Penelope foi acusada de cumplicidade e receptação de desvio de fundos públicos, cumplicidade e receptação de apropriação indevida e receptação de estelionato agravado, segundo a imprensa francesa.

Leia mais: Berço político ajuda a explicar Fillon

A esposa de Fillon é a terceira indiciada no caso, após seu marido e o homem que o substituiu como deputado na Assembleia Nacional, Marc Joulaud, que continuou empregando Penelope como assistente parlamentar.

Em paralelo a esse trabalho no parlamento, Penelope tinha outro contrato integral com a revista "La revue des deux mondes", comandada por um amigo de seu marido, pelo qual recebia 5 mil euros mensais brutos.

A acusação suspeita ainda que os Fillons poderiam ter falsificado documentos para dar legalidade a ambos trabalhos simultâneos. A lei francesa proíbe o acúmulo de dois contratos integrais, o que ocorreria no caso de Penelope, se o cargo na Assembleia Nacional fosse de 20 horas.

Além da esposa, promotores franceses acusam Fillon de ter empregado dois filhos por trabalhos que nunca desempenharam no serviço público francês. A família teria recebido mais de 1 milhão de euros ao longo dos anos em pagamentos.

O candidato nega as acusações e alega que o atual presidente, François Hollande, criou um complô contra ele para evitar que chegue ao Palácio do Eliseu. O escândalo esvaziou as chances de Fillon na corrida eleitoral e levou diversos aliados a retirar o apoio ao conservador.

CN/efe/ap/afp