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Embaixador alemão reassume posto na Venezuela

22 de julho de 2019

Daniel Kriener foi expulso de Caracas em março após apoiar publicamente Juan Guaidó. Alemanha diz que retorno de representante diplomático foi um pedido de Nicolás Maduro.

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Daniel Kriener falou a jornalistas em março
Kriener voltou para Caracas no sábadoFoto: picture-alliance/NurPhoto/R.B. Sierralta

O embaixador da Alemanha na Venezuela, Daniel Kriener, retornou a Caracas quatro meses depois de ter sido expulso do país sul-americano pelo governo de Nicolás Maduro, anunciou nesta segunda-feira (22/07) o Ministério alemão do Exterior.

"Estamos contentes pelo fato de o embaixador Kriener poder assumir novamente seu trabalho in loco", afirmou o porta-voz interino do ministério, Rainer Breul. Segundo o governo alemão, Kreiner retornou à capital venezuelana no sábado.

Breul destacou que a posição do governo alemão sobre assuntos referentes à Venezuela permanece inalterada e afirmou que o retorno de Kriener foi um pedido de Maduro.

No início de março, o regime de Maduro havia exigido que Kriener deixasse o país em 48 horas. À época, os venezuelanos anunciaram que tomaram a decisão após "recorrentes atos de ingerência em assuntos internos do país".

"A Venezuela considera inaceitável que um diplomata estrangeiro exerça em seu território um papel público mais próprio de um dirigente político, em claro alinhamento com a agenda de conspiração de setores extremistas da oposição", disse o comunicado divulgado em março pelos venezuelanos.

A expulsão ocorreu dois dias depois de o embaixador, junto a outros diplomatas, se deslocar ao Aeroporto Internacional Simón Bolívar, em Caracas, para receber o líder da oposição e autoproclamado presidente interino do país, Juan Guaidó, e apoiá-lo caso houvesse uma tentativa de detê-lo.

À época, Guaidó, que é reconhecido por mais de 50 nações – entre elas a Alemanha – como presidente interino da Venezuela, retornava ao país após uma turnê pela América Latina que incluiu visitas à Colômbia, ao Paraguai, à Argentina e ao Brasil, onde se encontrou com o presidente Jair Bolsonaro. Maduro declarou o embaixador persona non grata e ordenou que ele deixasse a Venezuela em 48 horas. 

O retorno de Kriener à Venezuela só foi possível após o regime de Maduro anunciar no início de julho que havia iniciado "um processo de normalização das relações diplomáticas" com a Alemanha e que pretendia revogar a expulsão do embaixador. O Ministério alemão do Exterior destacou que a iniciativa partiu do governo venezuelano e sem nenhuma contrapartida.

CN/dw

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