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De Mata Hari à Ordem de Malta: o que esperar das capitais europeias da cultura em 2018

Lars Scholtyssyk | Kirstin Schumann
7 de fevereiro de 2018

Valeta, em Malta, e Leeuwarden, na Holanda comandam a agenda cultural da Europa este ano. A programação conta com cerca de 700 atrações.

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As duas Capitais Europeias da Cultura de 2018 não poderiam ser mais diferentes e, ao mesmo tempo, tão parecidas. Leeuwarden e Valeta, separadas por dois mil quilômetros, prometem tornar este ano inesquecível. 

Escondida atrás dos diques no extremo norte da Holanda está Leeuwarden. Por causa dos canais pitorescos e do estilo das casas, a cidade também é chamada de "Pequena Amsterdã". E é pequena, mesmo, com cerca de 100 mil habitantes. O tema da cidade para 2018 é "Iepen mienskip" – em português, "sociedade aberta".

Uma das principais atrações da cidade é a torre inclinada, como a famosa de Pisa. Construída no século 16, ela deveria compor a maior igreja da Holanda. Mas quando as obras chegaram a 40 metros de altura, tiveram de ser interrompidas: a torre afundou e, desde então, segue tombando para o lado.

Mais de 300 eventos estão programados para este ano em Leuwarden. No centro das atenções, uma diva misteriosa: Mata Hari, a dançarina que se tornou a agente dupla mais conhecida de todos os tempos. Filha de um fabricante de chapéus, Mata Hari nasceu em Leeuwarden em 1876. Em sua homenagem, a cidade criou uma grande exposição. 

Mas quem é avesso ao frio do Mar do Norte, também pode optar pela outra Capital Europeia da Cultura. Valeta desfruta de um lugar ao sol privilegiado banhado pelo Mediterrâneo.

Na capital maltesa, o ano começou com perfomances do "La Fura dels Baus", grupo de acrobatas da Espanha famoso internacionalmente pelos shows espetaculares em locais incomuns. 

Valeta está localizada em uma península no sudeste de Malta e tem apenas 6 mil habitantes. A cidade foi fundada no século 16 pelos cavaleiros da Ordem de Malta, que, para protegê-la a cercaram de fortalezas. 

Em 1980, a cidade foi declarada Patrimônio Mundial pela UNESCO - na íntegra. Todas as casas do centro histórico foram tombadas. Um dos pontos turísticos mais importantes é o Palácio dos Grão-Mestres, concluído em 1575, onde viveu Jean Parisot de la Valette, quem deu nome à cidade.

Mas Valeta não se resume a relíquias históricas: a modernidade aparece, por exemplo, nas portas da cidade - projetadas pelo renomado arquiteto italiano Renzo Piano, assim como o novo edifício do parlamento.

E, 2018, a cidade se transforma em museu a céu aberto. Público e artistas se encotram nas ruas históricas. Mais de 400 atrações estão programadas para este ano em Valeta e por toda Malta. A menor Capital Europeia da Cultura tem grandes planos para 2018.