De férias com o euro: quanto vale a moeda européia?
27 de julho de 2005A temporada de férias continua a todo vapor na Alemanha e os aeroportos lotados são prova disso. Segundo pesquisa recente, 60% dos alemães viajam durante as férias, preferencialmente dentro do próprio país ou em algum dos vizinhos europeus. A Itália continua sendo o principal destino, seguida pela Turquia e a Espanha.
Mas, na hora de comprar a passagem para a temporada de 2005, a relação custo-benefício foi o critério decisivo. O preço teve que agradar, embora uma bela paisagem, praias ou lagos para nadar e boas opções gastronômicas também tenham pesado na hora da escolha.
Novos membros são destinos favoritos
Aos poucos, muitos alemães descobrem os novos países-membros da União Européia, que passam então a integrar a lista dos novos destinos prediletos. Mesmo que ainda não tenham o euro e os turistas precisem contar com taxas de câmbio, turistas alemães já perceberam que recebem mais pelo seu dinheiro em países como República Tcheca, Hungria e Polônia.
"A República Tcheca é um bom exemplo de onde se pode tirar férias sem gastar muito. Lá, os alemães recebem cerca de 26% a mais por seu dinheiro", avalia Tanja Beller, da Federação Alemã de Bancos.
Já os alemães que quiserem passar férias na Dinamarca, na Suíça, na Itália, na França ou na Grã-Bretanha terão que contar com gastos maiores. Nesses países, o euro vale menos, pois os gastos com habitação e alimentação são especialmente altos. "Na Inglaterra, por exemplo, compra-se com um euro apenas 78% do que se compraria na Alemanha", explica Beller.
Um outro caso é Portugal. Lá, turistas alemães praticamente não notam diferença quanto ao poder de compra do euro. O mesmo ocorre em destinos como Espanha e Grécia.
Atravessar o Atlântico sai caro
Porém, quem atravessar o Atlântico pensando em aproveitar a superioridade do euro em relação ao dólar terá surpresas. "Nos Estados Unidos, turistas alemães recebem por um euro um pouco menos que na Alemanha. Isso ocorre porque lá o nível dos preços é diferente e, mesmo com os ganhos no câmbio, um alemão acabaria pagando cerca de 10% a mais por um mesmo serviço."
Aliás, nos últimos anos, os alemães deixaram de ser mal-acostumados quanto ao financiamento das férias. A fraca conjuntura econômica e o alto índice de desemprego colocaram em risco o abono de férias. Hoje, tais contribuições, pagas pelo empregador, variam entre 100 e 1200 euros.
Atualmente, 90% dos empregados alemães recebem um abono correspondente ao acordo tarifário. No entanto, o valor da contribuição tem mudado consideravelmente. Trabalhadores agrícolas e servidores públicos são hoje os que menos recebem, enquanto o topo da lista é ocupado por funcionários das indústrias gráfica e metalúrgica.