Índice de Corrupção
17 de novembro de 2009A ONG Transparência Internacional lamentou a falta de empenho na luta contra a corrupção em muitas nações. Na maioria dos 180 países pesquisados, a corrupção é um mal generalizado, assinalou a organização nesta terça-feira (17/11) ao divulgar em Berlim seu Índice de Percepção da Corrupção.
Em todo o mundo são aprovados amplos pacotes conjunturais para vencer a crise econômica e financeira, mas a responsabilidade somente pode ser garantida com a transparência no gasto do dinheiro público e só assim pode ser interrompido o círculo vicioso da corrupção, alerta a organização não governamental.
Alemanha em 14º, Brasil em 75º
A Nova Zelândia (9,4) obteve a nota mais alta no ranking de 2009, enquanto a Somália foi a última classificada (1,1) pelo terceiro ano consecutivo. O índice de 1 a 10 é calculado com base em 13 pesquisas de opinião e relatórios de dez organizações não governamentais.
O segundo lugar é ocupado pela Dinamarca (9,3), seguida de Cingapura e Suécia (9,2). A Alemanha (8) ficou em 14º lugar, mesma posição do ano passado. Entre os 25 países da União Europeia listados no ranking, a Bulgária, Grécia e Romênia são os de pior colocação (3,8 pontos), em 71º lugar. Também a Itália recebeu notas ruins, ficando em 63º (4,3).
Entre os países do continente americano, o Canadá (8,7) tem a melhor posição global, com o 8º lugar, seguido de Estados Unidos (7,5), em 19º. Com 3,7 pontos, o Brasil aparece em 75º na lista global, junto com Colômbia, Peru e Suriname.
Apelo às nações industrializadas
Ao apresentar o estudo, a Transparência Internacional salientou que conflitos de longo prazo, instituições políticas fracas e o mau funcionamento do sistema jurídico tornam os países especialmente vulneráveis à corrupção.
Por outro lado, a organização conclamou as nações industrializadas a não deixarem de prestar ajuda ao desenvolvimento dos países pobres listados no final da escala.
Justamente ali é importante fortalecer as instituições, assinalou a presidente da Transparência Internacional, Huguette Labelle. Segundo ela, investidores e doadores devem insistir na transparência e exigir dos receptores a prestação de contas sobre o que recebem.
RW/rtrs/afp