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Correio Alemão conquista as Américas

Karl Zawadzky / sm10 de março de 2004

A Deutsche Post pretende ser a número 1 do mundo em logística até 2005. Esta ambição já faz se sentir nos notáveis resultados de 2003.

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Correio moderno: sua principal atividade é em logísticaFoto: AP

No ano passado, os negócios da companhia alemã de correios correram bem melhor do que o esperado. Apesar de a empresa ter deixado de movimentar 1,2 bilhões de euros por causa da baixa do dólar, seus negócios cresceram em 1,9%. Sem as perdas motivadas pela diferença do câmbio, o conglomerado faturou quase 5% mais do que no ano anterior. Uma das prioridades é a conquista do mercado norte-americano.

Com 5% do comércio mundial nas mãos

Faz tempo que a Deutsche Post não entrega apenas correspondências e outras encomendas. A empresa já atua em mais de 220 países no setor de logística. Enquanto os negócios dentro da Alemanha estão basicamente estagnados, nos exterior eles expandem. Em se tratando de transportes, os 383 mil funcionários dão conta de 5% de todo o comércio mundial. Um possível reaquecimento das atividades comerciais internacionais traria imediatamente vantagens à sua rede mundial de transportes e serviço de entrega .

O conglomerado está investindo há anos na consolidação de sua presença na Ásia. Com a subsidiária DHL, a Deutsche Post cobre não apenas as exportações da Ásia para a Europa ou América, mas também - e cada vez mais - entre os países asiáticos. Atualmente está sendo criada na China uma rede nacional de transporte com 290 pontos de apoio, a ser disponibilizada para o comércio interior e exterior da China.

Em processo de internacionalização

O presidente dos conglomerado, Klaus Zumwinkel, que vem internacionalizando o grupo há 13 anos, não esconde sua ambiciosa meta: "Pretendemos ser o número 1 do mundo em logística até 2005." No ano passado, a empresa encerrou importantes etapas para o cumprimento desta meta. Com a compra da Airborne, a Deutsche Post se tornou a terceira maior empresa de serviço de entrega "express" nos Estados Unidos.~

Deutsche Post
Deutsche Post Euro ExpressFoto: AP

Na Europa, aproveitam-se as chances que estão surgindo, por exemplo, na Grã-Bretanha e na Holanda, em decorrência da crescente liberalização do mercado de correios. A empresa alemã já atua na grande Londres e pretende reforçar sua presença nos EUA. As chances são boas, pois o mercado norte-americano de correios é um dos mais liberais do mundo. Na América do Norte de do Sul, a companhia alemã de correios fatura anualmente 4,5 bilhões de euros com 40 mil funcionários.

Faturando sobretudo no exterior

Nos países europeus, excetuando-se a Alemanha, são 75 mil funcionários e um faturamento de 10 bilhões de euros. Incluindo-se as atividades na Alemanha, a empresa movimentou 40 bilhões de euros no ano passado, obtendo um lucro líquido de 1,3 bilhões de euros. Quase a metade do faturamento vem do exterior.

Os acionários da Deutsche Post têm mais de um motivo de satisfação. O valor das ações aumentou 63% no ano passado e 18% nos dois primeiros meses deste ano. Mas isso não é tudo. Seguindo uma proposta do presidente da empresa, os dividendos deverão aumentar 10%, chegando assim a 44% por ação.