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Coreia do Sul anuncia retirada de trabalhadores após Norte recusar diálogo

26 de abril de 2013

Decisão pode enfrentar resistência das empresas sul-coreanas, que não pretendem deixar o complexo industrial de Kaesong. Coreia do Norte qualificou proposta de diálogo feita pelo Sul de fraudulenta.

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Foto: Getty Images

A Coreia do Sul anunciou nesta sexta-feira (26/04) que vai retirar todos os trabalhadores sul-coreanos remanescentes do complexo industrial de Kaesong, depois de o governo da Coreia do Norte recusar uma oferta de diálogo sobre o futuro da zona industrial comum. Em torno de 170 pessoas permanecem no local.

"O governo tomou a inevitável decisão de retirar todas as pessoas remanescentes para a proteção delas", afirmou o ministro sul-coreano da Unificação, Ryoo Kihl-jae. "A Coreia do Norte deve garantir o retorno em segurança do nosso pessoal e proteger os ativos das empresas que investiram em Kaesong", acrescentou.

Não está claro como a decisão vai ser implementada, já que uma associação de empresas sul-coreanas anunciou a determinação de permanecer no local para defender seus investimentos. "Nós decidimos proteger o complexo industrial de Kaesong, independentemente das dificuldades que poderemos enfrentar", disse o porta-voz da associação, Ok Sung-seok, antes de o governo anunciar a decisão.

Nesta quinta-feira, a Coreia do Sul havia dado um ultimato à Coreia do Norte, alertando que, se as negociações sobre o futuro do complexo industrial não fossem iniciadas em 24 horas, tomaria "medidas significativas".

A Coreia do Norte rejeitou a proposta, qualificando-a de fraudulenta, e alertou que o complexo industrial estava à beira do colapso.

Aberta em 2004, a zona industrial de Kaesong fica na Coreia do Norte, a dez quilômetros da fronteira com a Coreia do Sul, e era o único projeto de cooperação entre as duas Coreias até ser fechado unilateralmente por Pyongyang no começo de abril.

A tensão entre os países aumentou depois que a Coreia do Norte anunciou, em fevereiro, ter feito seu terceiro teste nuclear, descumprindo resoluções da ONU.

FA/afp/lusa