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COPA 2006

18 de março de 2006

As críticas ao técnico alemão Jürgen Klinsmann, as charges de Maomé e a gripe aviária são os principais temas dos comentários enviados pelos nossos usuários esta semana.

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Jürgen Klinsmann, treinador da seleção alemãFoto: AP

COPA 2006

Mesmo sendo brasileiro de nascimento, mas neto de imigrantes alemães, não comungo as mesmas idéias de J. Klinsmann sobre a sua temática de seleção alemã. Mais ainda por não residir na Alemanha, onde acompanharia de perto as atuações dos atletas alemães em seus respectivos times. Sendo um país de dimensões menores que o Brasil, onde existem equipes de enorme envergadura e capazes de "produzir" atletas para a Copa, Klinsmann teria muito maiores chances de aproveitar eventuais intervalos para reunir seus atletas para treinos fortuitos. Tenho para mim convicção 100% firmada que a esta altura Lothar Mathäus teria melhores condições de conduzir o time alemão na Copa 2006. Contudo, o Brasil será hexa!!!

Marcos Brod

GRIPE AVIÁRIA

São comuns pandemias causadas por vírus desde todo sempre. Mas o desequilíbrio humano precede o ecológico. Descongelamento das geleiras, migração de doenças causadas pelo desmatamento, efeito estufa, tudo balela! São informações que não causam mais comoção. Perdemos a sensibilidade. Já até achamos "normal" acidentes que matam dezenas. O mendigo da calçada é só mais um obstáculo também "normal". Estamos preocupados em destruir, armar, conquistar territórios. A guerra é de quem sabe fazer pior! É só uma forma de antecipar o fim! Outras mais modernas surgirão. Não dá mais tempo para reverter a situação. Os interesses de uma minoria em detrimento dos da maioria. Quem disse que eu preciso de coca-cola? Esmaltes? Cintos de couro de cobra? Ou de jacaré? O progresso é necessário para salvar vidas e não para destruí-las. A necessidade não é a mãe das invenções, a invenção cria a necessidade para vender. Educação não se vende, se compra e é cara! Um dia sondas de outros planetas terão destino à Terra para saber se houve vida. E quando descobrirem que sim; quais as razões da destruição, vão estar certos de que não era "vida inteligente".

P. Goulart

Claro que concordo com o cancelamento da Copa. Penso que a maioria das pessoas que estão achando a possibilidade de uma pandemia um absurdo, estão pensando somente no "prejuízo" que causaria a Alemanha que tanto investiu para a realização do Mundial. Precisamos ser mais humanos e menos capitalistas.

B Fidencio

AS CHARGES DE MAOMÉ E A TOLERÂNCIA INTERNACIONAL

Nas últimas semanas, viu-se com estupefação a retaliação islâmica de vandalismo motivada pela publicação de charges satíricas do profeta Maomé por meio da imprensa européia. Não obstante a opinião pública internacional ter se dividido sobre o assunto, o ponto que ganhou relevo em meio ao caos criado em torno do caso foi o debate acerca da extensão do exercício do direito de liberdade de expressão nas coisas religiosas. Para tal reflexão valem a pena algumas considerações.

Na história mundial encontram-se precedentes como o do o Imperador Justiniano – governador do Império Bizantino – que, buscando restaurar a suntuosidade do Império Romano (séc. 5º d.C.), adotou a beligerância para socorrer os cristãos que moravam na Pérsia e contra os persas que eram perseguidos de todas as maneiras por causa da fé. Com propósito semelhante, os francos, dentre outros povos, guerrearam para libertar os que foram aprisionados pelos turcos e para vingar o nome cristão. Exemplo mais recente é a guerra no Kuweit, que nada mais foi do que uma convocação de Saddam Hussein aos muçulmanos para uma "guerra santa" (Jihad), contra os países do Ocidente (EUA) devido à proteção dada a Israel.

Desde esta época, muitos séculos se passaram até o atual estágio de integração da comunidade internacional, no entanto, o apego dos povos aos seus deuses se manteve inabalável através dos tempos e a revolta a que se assiste hoje em dia é um espelho amargo da história que instigou a formulação de teorias para tentar explicá-lo.

Segundo Alberico Gentili – um dos fundadores do direito internacional –, em pleno século 14, a paixão exagerada pelos seus deuses não foi constituída por coação, tampouco flagelos, mas sim, voluntariamente, por meio de palavras. Na visão do autor, a concepção religiosa em todo o tempo esteve de mãos dadas com a liberdade, de maneira que o livre arbítrio dos homens sempre prevaleceu na escolha por seus deuses até os dias atuais.

Assim, esta liberdade de opção pessoal deu azo à criação da teoria da "tolerância religiosa", uma tese que se fundamenta na concepção de que a religião é um fenômeno exclusivamente interior e, como tal, não se refere à esfera das relações humanas, não constituindo uma causa justa para um combate entre nações.

Em contrapartida, os direitos fundamentais de liberdade – que ganharam força com a Revolução Francesa de 1789 – não são uma justificativa absoluta à profanidade. Liberdade exige responsabilidade e, retomando-se a questão das charges, esta não foi observada quando das publicações. No mesmo espírito, a reação depredatória e imoderada dos islâmicos não é justificada pela publicação das charges.

Num mundo em que se assentou a coexistência pacífica como um valor universal, extensível a todas as nações indistintamente, bom senso e tolerância são regras naturais que devem ser observadas para manutenção do respeito recíproco e a perpetuidade das relações internacionais entre os povos, mesmo que o pensamento islâmico pareça não demonstrar disposição para refletir antes de agir ao seu livre talante, soterrando tudo e todos em nome de Alá. Entretanto, a tolerância deve ser um esforço finalístico para se tentar conviver em paz com as diferenças.

Thalis Ryan de Andrade

O que me espantou não foi a repercussão entre o povo islâmico, sobre as charges de Maomé, mas sim o pavor que o mundo demonstrou por esta repercussão. Mostra como este povo tem feito o mundo se dobrar aos seus pés. Mostra como os governantes do restante do mundo não se garantem diante deles.

Até onde isso vai chegar?

G. Cassoli Jr.

O CONFRONTO É INEVITÁVEL

Acredito que, pelo radicalismo dos iranianos, não haverá acordos por vias diplomáticas e a persistência no desenvolvimento do projeto levará à guerra.

E. Magrão

BIOMASSA

Se o Brasil investir pesadamente neste tipo de combustível, com incentivos e políticas adequadas, poderemos ser modelo para o mundo. Dispomos de terra, água e solo em abundância. Portanto, temos a faca e o queijo na mão!

Janaína

ORTOGRAFIA

Eu penso que uniformizar a língua é o melhor e que a mesma deve permanecer como está, igual na Suíça, na Áustria e na Alemanha.

P. Mazzini