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Cartolas querem limitar salários dos jogadores

Paulo Chagas28 de dezembro de 2001

O presidente da Federação Alemã de Futebol, Gerhard Mayer-Vorfelder, e o presidente da Bundesliga, Werner Hackmann, estão preocupados com a explosão de salários no futebol europeu.

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Gerhard Mayer-VorfelderFoto: AP

Os salários exorbitantes são responsáveis, também, pelas transferências milionárias de jogadores. Recentemente, o Bayer de Munique teria pago ao Bayer Leverkusen 50 milhões de euros (aproximadamente 100 milhões de reais) pelo passe do armador Michael Ballack, da seleção alemã.

Seria uma soma recorde no futebol alemão. O valor, entretanto, é contestado por Karl-Heinz Rummenigge, vice-presidente do Bayern, segundo o qual o clube pagou só cerca de 6 milhões de euros.

Os dirigentes alemães reconhecem, entretanto, que um limite de salários só faz sentido se for estipulado em nível europeu. Esta medida teria imediatamente duas vantagens: equilibrar as finanças dos clubes, evitando o risco de falências, e diminuir o abismo entre clubes ricos e pobres.

Na Bundesliga, o Campeonato Alemão de futebol, há no momento três faixas de clubes. Os que estão por baixo, três ou quatro clubes que estão por cima e o grupo intermediário, dos que querem subir e que acabam ou se endividando ou desistindo.

Repartir os direitos de televisão

Como forma de diminuir a desigualdade entre os clubes, o presidente da Liga propõe igualmente um novo modelo de distribuição dos direitos de televisão. Segundo o atual contrato, que termina em 30 de junho de 2004, a equipe do topo da tabela recebe o dobro da última colocada.

Werner Hackmann não acredita que as tevês se disponham a pagar cotas mais altas pelos direitos de transmissão. As receitas de publicidade também não deverão aumentar. O contrato atualmente em vigor rende aos clubes alemães 462 milhões de euros por ano. Isto é o topo, na opinião do presidente da Bundesliga.

Para Gerhard Mayer-Vorfelder, a atual tendência inflacionária é muito perigosa, pois as fontes de financiamento não são eternas. Não há nenhuma lei que obrigue as tevês a aumentarem suas cotas. A situação pode ser revertida a qualquer momento, diz ele.