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Brasil investiga primeiros casos da deltacron

15 de março de 2022

Ministro da Saúde afirma que duas possíveis infecções com cepa que reúne características da delta e da ômicron estão em investigação. Por enquanto, pesquisadores descartam motivo de preocupação em relação à variante.

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Pedestres com máscaras em rua de Belo Horizonte
Foto: Pedro Vilela/Getty Images

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou nesta terça-feira (15/03) que dois possíveis casos de infecção pela nova variante do coronavírus chamada deltacron – que reúne características da delta e da ômicron – estão sendo investigados.  A cepa foi descrita no início deste mês em estudo publicado na França.

Após afirmar mais cedo nesta terça que dois casos de deltacron já haviam sido confirmados, um no Amapá e outro no Pará, Queiroga esclareceu que eles ainda estão sob análise. 

"Pessoal, esclarecendo: os dois casos de deltacron que citei mais cedo ainda estão em investigação e foram notificados ao @minsaude pelos Estados. O sequenciamento total do vírus deve ser finalizado nos próximos dias pelo laboratório de referência nacional da Fiocruz", disse nas redes sociais.

"Esta variante é considerada de importância e requer o monitoramento", afirmou o ministro mais cedo, assegurando que, mesmo com a queda de casos de covid-19 no país, as autoridades sanitárias devem continuar vigilantes.

O Brasil registrou 11.287 novos casos de covid-19 na segunda-feira. Com isso, o total de infecções contabilizadas no país chegou a 29.380.063, e os óbitos oficialmente identificados somam 655.249.

O ministro reforçou ainda a importância da vacinação para conter a pandemia e afirmou que as medidas contra a nova variante continuam as mesmas.

Identificada na França

A deltacron foi identificada na França e estaria circulando no país desde janeiro. Em estudo publicado na semana passada, ainda não revisado, pesquisadores franceses afirmam que a variante combina a proteína spike da ômicron com o "corpo" da delta. Ao menos 17 pacientes nos Estados Unidos e na Europa foram infectados com a nova cepa.

Devido ao baixo número de casos confirmados, ainda não é possível saber se a deltacron é mais transmissível ou mais perigosa do que as outras variantes já identificadas. Os pesquisadores disseram que, no momento, a cepa não é motivo de preocupação.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse estará ciente do aparecimento de casos de covid-19 que parecem combinar as variantes delta e ômicron, algo que foi detectado em países como França, Holanda e Dinamarca, e destacou que especialistas estão examinando a possível consequência dessa combinação.

CN/LF (ots, Reuters, Efe)

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*A primeira versão desta notícia afirmava que o Brasil havia registrado as primeiras infecções pela deltacron, com base em afirmação do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. A notícia foi atualizada após a correção feita pelo ministro.