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Brasil é país onde mais morreram jornalistas por covid-19

3 de setembro de 2021

Dos 1.788 profissionais de imprensa que perderam a vida no mundo todo devido à doença, mais da metade era da América Latina. Brasil está no topo da lista, com 280 óbitos, anunciou ONG Press Emblem Campaign.

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Jornalista mulher com máscara e face shield fala ao microfone, que está encapado. Ela está em uma calçada, com carros estacionados ao fundo. Um homem filma com uma câmera. Ele está de costas.
Profissionais ficam expostos ao coronavírus ao noticiar desdobramentos da pandemiaFoto: Juan Carlos Hernandez/ZUMAPRESS/picture alliance

O Brasil foi o país onde mais morreram jornalistas em consequência da covid-19, divulgou nesta sexta-feira (03/09) a ONG Press Emblem Campaign (PEC). Num total de 80 países de todo o mundo todo, 1.788 deles perderam a vida devido à doença, sendo mais da metade dos óbitos registrada na América Latina.

No Brasil, foram 280 mortes de profissionais de imprensa por covid-19, dez a mais que na Índia, que ficou na segunda posição. Nos dois países, a grande maioria dos óbitos ocorreu no segundo trimestre de 2021.

Durante os meses de julho e agosto, pelo menos 117 jornalistas foram vítimas do coronavírus, em todo o mundo – uma média de quase dois por dia. Segundo a ONG, diante das novas variantes o número pode chegar a 2 mil até o final do ano.

Categoria exposta

Os  que trabalham cobrindo os desdobramentos da pandemia são uma das categorias mais vulneráveis ao coronavírus.

"Os jornalistas da linha de frente continuam sendo uma das profissões mais expostas. O número de vítimas registradas caiu desde junho, mas a taxa de vacinação ainda é insuficiente em muitos países", disse o secretário-geral da PEC, Blaise Lempen.

De acordo com a ONG, países desenvolvidos também apresentaram números elevados de jornalistas vítimas da covid-19, como a Itália, com 59, e Estados Unidos, com 55. Por região, a América Latina lidera, com 954 profissionais mortos, seguida de Ásia (485), Europa (206), África (86) e América do Norte (57).

Números reais ainda maiores

Os dados apresentados pela PEC são baseados em informações divulgadas pelas associações nacionais de jornalistas, veículos locais de imprensa e pela própria rede de correspondentes regionais mantida pela organização.

No entanto, a ONG ressalta que o número real de vítimas é certamente maior, já que a causa da morte de vários jornalistas não é especificada ou o óbito não é divulgado. Além disso, em alguns países não existem estatísticas confiáveis.

A Press Emblem Campaign, com sede em Genebra, Suíça, é uma organização com status consultivo especial da ONU. Foi fundada em junho de 2004 por um grupo de jornalistas de vários países e tem como objetivo fortalecer a proteção jurídica e a segurança de profissionais da imprensa em zonas de conflito e agitação civil, ou em missões perigosas.

le/av (EFE, ots)