1. Pular para o conteúdo
  2. Pular para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Bolsonaro nomeia Bruno Bianco como novo ministro da AGU

5 de agosto de 2021

Bruno Bianco é o número dois do novo Ministério do Trabalho e antes atuou como secretário de Guedes. Ele assume o lugar de André Mendonça, indicado para o STF.

https://p.dw.com/p/3yc9e
Bruno Bianco
Bianco será o terceiro advogado-geral da União no governo Bolsonaro, depois de André Mendonça e José LeviFoto: Fabio R. Pozzebom/Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro confirmou nesta quinta-feira (05/08) que escolheu Bruno Bianco como novo ministro da Advocacia-Geral da União (AGU). Ele assume o cargo de André Mendonça, que foi indicado para o Supremo Tribunal Federal (STF).

"Comunico a nomeação de @brunobiancoleal como novo ministro da @AdvocaciaGeral", escreveu Bolsonaro no Twitter, junto a uma foto em que aparece ao lado do nomeado.

Bianco havia assumido recentemente o cargo de secretário-executivo do Ministério do Trabalho e Previdência, pasta recriada na semana passada. Antes, atuou como secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, chefiado por Paulo Guedes.

Ele será o terceiro advogado-geral da União sob Bolsonaro, depois de André Mendonça e José Levi. Segundo o jornal O Globo, Bianco ganhou confiança do presidente e de vários auxiliares do Palácio do Planalto enquanto atuou na equipe econômica, e sua ida à AGU foi consenso no governo.

Bianco é procurador federal, uma das carreiras da Advocacia-Geral da União. Foi procurador-chefe da seccional da Procuradoria Federal Especializada junto ao INSS, em Marília (SP), e procurador regional da PFE-INSS nos estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul. Atuou ainda como assessor especial da Casa Civil durante o governo Michel Temer.

O novo advogado-geral é mestre em Direito pela Universidade de Marília (Unimar), especialista em Direito Público e pós-graduado em Direito Processual Civil.

André Mendonça

André Mendonça deverá deixar seu cargo na AGU nos próximos dias, depois de ter sido indicado por Bolsonaro para a vaga no Supremo Tribunal Federal aberta com a aposentadoria do ministro Marco Aurélio Mello.

Com a indicação, o presidente cumpriu sua promessa, feita em 2019, de nomear alguém "terrivelmente evangélico" para a Corte, numa tentativa de agradar sua base evangélica.

Para de fato assumir a vaga no STF, Mendonça ainda tem que ser sabatinado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e, depois, ser aprovado por maioria simples no plenário.

Mendonça assumiu o cargo de advogado-geral da União já no início do governo Bolsonaro, em janeiro de 2019, após ter atuado na AGU desde 2000. Antes disso, ele foi advogado na Petrobras por três anos. Em abril do ano passado, após o ex-juiz Sergio Moro deixar o cargo de ministro da Justiça, Mendonça assumiu o comando da pasta. Ele acabou retornando à AGU em março de 2021.

A atuação de Mendonça tanto como advogado-geral da União quanto como ministro da Justiça foi marcada por uma série de polêmicas.

À frente da pasta, ele foi alvo de críticas por pedir que fossem abertas investigações de críticos do governo com base na Lei de Segurança Nacional, herança da ditadura militar, e por um relatório produzido pelo governo sobre a atuação de 579 policiais e professores descritos como antifascistas.

Em abril deste ano, já de volta ao cargo de advogado-geral da União, ele foi criticado por lançar mão de argumentos religiosos para defender a reabertura de igrejas durante a pandemia, afirmando que os cristãos estariam dispostos a morrer pela fé.

ek (Agência Brasil, ots)