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Boca de urna aponta separatistas à frente na Catalunha

21 de dezembro de 2017

Pesquisa indica que separatistas devem conquistar entre 67 e 71 assentos no Parlamento regional catalão, assim mantendo a maioria absoluta. Participação eleitoral foi maior do que em eleição passada.

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Bandeiras da Catalunha e da Espanha
Madri convocou eleição em meio à crise causada pela declaração de independência da regiãoFoto: Reuters/E. Gaillard

A boca de urna indicou nesta quinta-feira (21/12) que os partidos separatistas devem conquistar a maioria absoluta no Parlamento da Catalunha. Segundo uma pesquisa do jornal La Vanguardia, as legendas a favor da independência da região devem garantir entre 67 e 71 dos 135 assentos.

Os catalães voltaram às urnas para eleger um novo parlamento regional depois que Madri assumiu o governo catalão em 21 de outubro em meio à crise causada pela declaração unilateral de independência da região.

Leia mais: Crise catalã e o mito do segundo golpe de Estado na Espanha

Duas horas antes do fechamento das urnas, autoridades catalãs divulgaram que a participação eleitoral já era mais de cinco pontos percentuais maior do que na eleição passada, em 2015. Mais de 5,5 milhões de pessoas foram convocados para escolher os 135 deputados regionais e 68,3% deram o seu voto.

A votação ocorreu sem incidentes, de acordo com Ministério do Interior espanhol. Mais de 17 mil policiais foram destacados para garantir a segurança durante as eleições.

Estas eleições têm um caráter excepcional, já que foram convocadas por Madri depois suspender o governo catalão. A decisão foi tomada após a declaração de independência da região.

Crise catalã

O impasse na Catalunha foi considerado a pior crise política na Espanha desde a tentativa frustrada de golpe militar de 1981.

Em 1º de outubro, os catalães foram às urnas, num referendo considerado ilegal por Madri, para votar sobre a independência. O "sim" à separação recebeu mais de 90% de apoio. Mas o comparecimento foi de apenas 43%.

Dizendo ter o "mandato do povo", o então chefe do governo catalão e líder do movimento independentista, Carles Puigdemont, compareceu em 10 de outubro ao Parlamento regional e declarou independência, num discurso confuso que terminou com ele mesmo suspendendo o processo separatista à espera de diálogo.

Madri deu um ultimato a Puigdemont e recusou-se a dialogar. Abriu-se então uma queda de braço com Barcelona, que culminou com a suspensão temporária da autonomia catalã, a suspensão do governo e o anúncio de novas eleições.

Esta é a quarta vez em sete anos que os catalães realizam eleições regionais, após as de 2010, 2012 e 2015, um exemplo da instabilidade política que vive a região, marcada pelo debate independentista dos últimos tempos.

CN/efe/lusa

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