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PolíticaItália

Berlusconi é absolvido em caso sobre suborno de testemunhas

15 de fevereiro de 2023

Político italiano era acusado de pagar participantes de suas festas privadas para mentir sobre envolvimento em prostituição de menores. Tribunal diz que acusação não ficou comprovada.

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Silvio Berlusconi
Berlusconi admitiu pagamentos, mas negou subornoFoto: Nicola Marfisi/Avalon/ Photoshot/picture alliance

Um tribunal italiano absolveu nesta quarta-feira (15/02) o ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi no caso em que ele foi acusado de subornar testemunhas, principalmente mulheres, para mentir sobre seu suposto envolvimento em prostituição de menores.

O magnata de 86 anos era acusado de subornar 28 participantes de suas polêmicas festas privadas, apelidadas de bunga bunga, para dar um falso testemunho num julgamento anterior, no qual ele foi acusado de pagar para ter relações sexuais com uma dançarina então de 17 anos – num escândalo que ficou conhecido como Rubygate.

Os promotores do caso pediram que Berlusconi fosse condenado a seis anos de prisão. No entanto, o juiz do tribunal de Milão considerou que o "fato não subsiste", ou seja, que a acusação contra Berlusconi e as supostas testemunhas compradas não foi comprovada.

Em 2015, o ex-primeiro-ministro foi absolvido no caso Rubygate por falta de provas de que ele sabia que estava pagando para ter relações sexuais com uma menor de idade. Depois da absolvição, ele foi acusado de ter subornado as testemunhas.

O caso foi dividido em três cidades: Siena, Roma e Milão, onde moravam as testemunhas acusadas. Berlusconi já havia sido absolvido pelos tribunais de Siena e Roma. Os promotores estão apelando das decisões.

Berlusconi negou as acusações e afirmou ser vítima de uma conspiração de juízes para persegui-lo politicamente. No entanto, ele já havia reconhecido ter dado dinheiro aos convidados das festas de 2010. O magnata alegou, porém, que se tratava de uma compensação pelos danos à reputação que sofreram ao serem associados aos eventos.

Queda e retorno de Berlusconi

O caso assombra a carreira política de Berlusconi há anos. O escândalo levou à sua queda política e ao fim do seu quarto mandato de primeiro-ministro em 2011.

O Forza Italia – partido de Berlusconi e que atualmente integra o governo da primeira-ministra Giorgia Meloni – negou constantemente as acusações, alegando que o magnata era vítima de estratagema de magistrados para acabar com sua carreira política.

Em 2022, Berlousconi foi eleito para o Senado da Itália, com mais de 50% dos votos na cidade de Monza, onde é dono de um time de futebol. A eleição marcou seu retorno ao cenário político italiano, após a sua expulsão do Senado em 2013 devido a uma condenação por fraude fiscal.

cn/bl (DW, Reuters, Efe)