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Basquiat 30 anos depois

21 de novembro de 2018

Três décadas após sua morte, o artista novaiorquino segue atual: Thiago Balbino e Alex Mello, dois brasileiros que vivem na Alemanha, têm em Basquiat uma referência única para sua arte.

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Celebrado hoje mundo afora, Jean-Michel Basquiat foi um dos artistas mais marcantes do século 20. Começou a grafitar as fachadas de Nova Iorque nos anos 70. Nos 80, passou de incógnito das ruas ao estrelato. Foi pintor, músico, poeta, ator, e o artista mais jovem a participar da Documenta de Kassel. Basquiat faleceu em 1988 aos 27 anos de idade.

Três décadas mais tarde, a arte de Basquiat segue viva e vibrante - seja em leilões milionários, ou entre as novas gerações que inspira. O ator Alex Mello transformou o universo do novaiorquino em matéria prima: há 4 anos ele sobe aos palcos europeus com a peça JEAN. O monólogo inspirado na vida de Basquiat mostra um pintor que vê sua marginalidade transformada em produto e é devorado pelo mercado. Uma história que, este ano, também chegou à telona. Em codireção com o cineasta Vitor Kruter, Alex acaba de lançar o curta Cabeça Nua

A busca por referências com as quais pudesse se identificar foi o que aproximou também Thiago Balbino do trabalho de Basquiat: “Existe realmente uma falta de referências, principalmente falando em arte brasileira. No Brasil, a gente tem poucos grandes artistas conhecidos. A gente fala muito na universidade da arte aqui da Europa, e do Brasil a gente ouve muito pouco,  e menos ainda de artistas negros. O que me vem à cabeça agora é Bispo do Rosário, que foi considerado louco, gênio... e o Aleijadinho. O artista negro sempre está nesse contraditório entre ser louco ou gênio. Nunca o lugar de fala que ele está é 100% respeitado.”