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CulturaReino Unido

Ativistas do clima se "colam" a obras de arte para protestar

6 de julho de 2022

Em uma onda de protestos contra as políticas climáticas do governo britânico, pessoas têm colado as mãos em pinturas famosas em museus do Reino Unido. Em uma semana, já foram cinco atos desse tipo.

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Pessoas com uma das mãos sobre a moldura da obra. Na parede, o quadro com a imagem da Santa Ceia. Abaixo, escrito em spray, "No New Oil"
Cinco ativistas "colaram" uma mão cada à moldura de uma cópia em tamanho real da obra "A Última Ceia", de Leonardo da Vinci, na Royal Academy of Arts de LondresFoto: James Manning/PA Wire/empics/picture alliance

Manifestantes contra as políticas climáticas do governo britânico vêm chamando a atenção para causa no Reino Unido de maneiras nada convencionais – e até criminosas.

Nesta terça-feira (05/07), cinco ativistas "colaram" as mãos à moldura de uma cópia em tamanho real da obra "A Última Ceia", de Leonardo da Vinci, na Royal Academy of Arts de Londres. Embaixo do quadro, eles escreveram com spray: "sem óleo novo".

A Polícia Metropolitana disse que três homens e duas mulheres foram presos. Foi o quinto protesto deste tipo em uma semana no Reino Unido para pedir que o governo acabe com as novas licenças de petróleo e gás.

Uma das envolvidas no ato desta terça-feira, a ex-professora de escola primária Lucy Porter, de 47 anos, disse que a campanha continuará até que o governo mude sua política.

Em primeiro plano, desfocado, um segurança de museu. Ao fundo, um homem beija a testa de uma mulher. Eles estão em frente a uma obra de arte. Sobre a pintura original, foram colados papeis com uma nova imagem.
Dois membros do grupo "Just Stop Oil" se "colaram" à moldura da obra "A Carroça de Feno", de John Constable, na National Gallery de LondresFoto: CARLOS JASSO/AFP

Visão apocalíptica do futuro

O protesto ocorreu um dia após dois membros do grupo "Just Stop Oil" se "colarem" à moldura da obra "A Carroça de Feno", de John Constable, na National Gallery de Londres.

Antes, os dois cobriram a famosa pintura de mais de 200 anos com uma versão modificada da imagem, mostrando uma visão apocalíptica do futuro. Os visitantes da sala foram retirados do local.

"Esta pintura faz parte do nosso patrimônio, mas não é mais importante do que os 3,5 bilhões de homens e mulheres que já estão em perigo com a crise climática", disse Eben Lazarus, de 22 anos.

A National Gallery disse que a moldura "sofreu pequenos danos" e que "houve alguma ruptura na superfície do verniz da pintura". Ambos os danos foram consertados.

Um homem e uma mulher colam uma nova imagem sobre uma obra de arte.
Ativista colaram imagem de uma visão apocalíptica sobre a obra "A Carroça de Feno", de John Constable, na National Gallery de LondresFoto: CARLOS JASSO/AFP

Invasão no GP de Silverstone

Na semana passada, ativistas da "Just Stop Oil" se "colaram" a quadros em Londres, Manchester e Glasgow. Em um dos atos, dois ativistas se prenderam à moldura da obra "Pomar de Pessegueiros em Flor", pintada por Vicent Van Gogh em 1889. A obra representa uma paisagem do sul da França e está exposta na Galeria Courtauld, em Londres.

No domingo, ativistas do "Just Stop Oil" interromperam o Grande Prêmio do Reino Unido de F1, quando invadiram a pista em Silverstone, no sul da Inglaterra. A polícia disse que seis pessoas foram acusadas de conspiração para causar incômodo público. 

le (AP, AFP, Lusa)