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Arte

Artistas alemães conquistam Leão de Ouro da Bienal de Veneza

13 de maio de 2017

Melhor artista e melhor contribuição nacional: escultor e artista conceitual alemães de diferentes gerações são premiados num dos mais importantes eventos do setor no mundo.

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"Faust", de Anne Imhof, no pavilhão da Alemanha na Bienal de Veneza
"Faust", de Anne Imhof, no pavilhão da Alemanha na Bienal de VenezaFoto: picture-alliance/NurPhoto/G. Cosua

A 57ª Exposição Internacional de Arte de Veneza abre para o público neste sábado (13/05), destacando dois vencedores da Alemanha: Franz Erhard Walther e Anne Imhoff foram escolhidos para receber os cobiçados Leões de Ouro por um júri composto de 120 colegas de 51 países.

Franz Erhard Walther: "Arte como manifestação de liberdade é alta política"
Franz Erhard Walther: "Arte como manifestação de liberdade é alta política"Foto: picture-alliance/dpa/A. Reuther

Participando da Bienal pela primeira vez, Walther, de 77 anos, foi considerado o melhor artista de 2017. "Arte em si, como manifestação de liberdade, de criatividade em relação ao ser humano, é alta política, não política partidária", comentou. "Mas arte num espaço livre, apenas estético, não existe nunca para mim, na história também não."

O escultor, artista conceitual e processual, e realizador de instalações natural da cidade de Fulda diz considerar apropriado o lema da mostra deste ano – Viva Arte Viva –, já que viver a arte combina bem com sua filosofia.

Fausto como obra de arte total

O pavilhão da Alemanha foi igualmente selecionado como melhor contribuição nacional deste ano, com uma performance. A concepção esteve a cargo de Anne Imhof, de 39 anos, que durante cerca de cinco horas apresenta a história de Fausto numa obra de arte total.

Anne Imhof apresenta seu Fausto em cinco horas de performance
Anne Imhof apresenta seu Fausto em cinco horas de performanceFoto: Imago/I. Kjer

A partir de grandes gaiolas, cães guardam a entrada do monumental edifício, onde voam drones e falcões, batedores de carteira dançam, leões de chácara trocam códigos secretos, sobre as espessas placas de vidro que revestem e entrecortam o pavilhão.

Integrando música, ação, cinema, instalações e artes plásticas, a artista de Frankfurt e sua equipe tratam de temas como poder e impotência, arbitrariedade e violência, resistência e liberdade. Seu Faust  fala da sensação de estar excluído ou não na sociedade, explicou a curadora Susanne Pfeffer por ocasião da abertura do pavilhão alemão.

A Bienal de Veneza se realiza desde 1895, nos anos ímpares. Antes desta 57ª edição, o último artista alemão a receber o Leão de Ouro foi o diretor de teatro e cinema Christoph Schlingensief, postumamente, em 2011. Este ano, até 26 de novembro, são esperados 500 mil visitantes.

AV/dpa,ots