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Alemanha tem menor incidência de covid-19 desde outubro

26 de maio de 2021

Taxa de novos casos por 100 mil habitantes em sete dias cai para menos de 50 pela primeira vez desde 20 de outubro. Esta é uma das principais variáveis utilizadas no país para guiar restrições.

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Biergarten em Berlim em 21 de mai
Biergarten em Berlim em 21 de maio: com recuo dos números, restrições começam a ser afrouxadas pelo paísFoto: Stefanie Loos/AFP

A Alemanha registrou nesta quarta-feira (26/05), pela primeira vez desde outubro, uma taxa de incidência do coronavírus menor que 50 casos para cada 100 mil habitantes em sete dias.

Segundo o Instituto Robert Koch, agência governamental para o controle e prevenção de doenças, a taxa está em 46,8. Na véspera, era de 58,4, e há uma semana, de 72,8.

A taxa de incidência já havia se aproximado brevemente de 50 em meados de fevereiro, mas os números voltaram a subir em meio à terceira onda da covid-19 no país. A última vez que a marca ficou abaixo de 50 foi em 20 de outubro passado, com 48,6. Em 14 de maio, a taxa havia caído para baixo de 100 pela primeira vez desde 20 de março.

A taxa de incidência é uma das principais variáveis utilizadas na Alemanha para guiar o relaxamento ou endurecimento das restrições. Nas regiões onde ela passa de 100 é acionado automaticamente um "freio de emergência", que inclui toque de recolher noturno e restringe o número de pessoas que podem se encontrar em espaços privados.

Apesar de a média alemã estar agora abaixo de 50, há diferença na incidência entre os estados. A Turíngia tem atualmente a maior taxa (70) e Schleswig-Holstein, a menor (24).

O país registrou nesta quarta 2.626 infecções pelo coronavírus e 270 óbitos ligados à covid-19 em 24 horas. Para comparação, na quarta-feira passada haviam sido mais de 11 mil novos casos.

O Instituto Robert Koch pondera, no entanto, que o feriado de Pentecostes, comemorado nesta segunda-feira, pode ter colaborado para o baixo número de casos, já que menos testes foram feitos e pode ter havido atraso de registro de casos pelas autoridades de saúde.

Vacinação acelera

Segundo especialistas, o recuo no número de casos tem diversas razões, entra elas aceleração da vacinação; temperaturas mais quentes; testes rápidos em escolas e no trabalho; imunidade adquirida após infecções pelo coronavírus; atividade reduzidas de escolas e fechamento de universidades.

Depois de um início lento, a vacinação vem acelerando na Alemanha. Mais de 40,3% da população alemã já receberam ao menos uma dose de vacina contra a covid-19, e 14,3% estão completamente vacinados.

Segundo o cientista Kai Nagel, especialista em mobilidade da Universidade Técnica de Berlim, uma cota de 35% da população vacinada já reduz significativamente a disseminação do coronavírus.

Especialistas alertam, no entanto, que ainda é cedo para relaxar no combate ao vírus e defendem uma reabertura lenta e gradual. Cientistas apontam que o desenvolvimento da pandemia na Alemanha daqui para a frente dependerá em parte da disseminação de variantes do coronavírus. O RKI observa atualmente em particular a variante indiana.

Desde o início da pandemia, mais de 3,6 milhões de infecções pelo coronavírus e 87,7 mil mortes foram confirmadas na Alemanha.

lf (ARD, DW, ots)