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Alemanha tem mais 27 casos do novo coronavírus

28 de fevereiro de 2020

Vírus chega ao norte do país, com registros em Hamburgo e Hessen. Ocorrências recuam na China, mas doença se espalha por cada vez mais países e já atinge mais de 50. Suíça proíbe eventos com mais de mil pessoas.

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Fachada da emergência do hospital em Hamburgo
Um dos casos na Alemanha é de um funcionário de um hospitalFoto: picture-alliance/dpa/G. Wendt

Enquanto a China registra o menor número de infecções em um mês, o coronavírusse espalha pelo mundo. Ao menos 53 países já reportaram casos confirmados da doença até esta sexta-feira (28/02).

Na Alemanha, o Instituto Robert Koch (RKI) anunciou nesta sexta-feira 27 novos casos em apenas um dia, os mais recentes em Hessen e Hamburgo. No país, outros casos já haviam sido relatos esta semana em Baden-Württemberg, Baviera, Renânia-Palatinado e Renânia do Norte-Vestfália, onde somente na noite desta quinta-feira 14 novas infecções foram reportadas. No total, a Alemanha já registrou 53 infecções por Sars-CoV-2 desde o início do surto, mas ao menos 16 pessoas já estão curadas. De acordo com o RKI, o risco no país é de baixo a moderado e apenas uma pessoa está em estado grave.

Em Hamburgo, o caso é de um funcionário de uma clínica infantil. De acordo com o portal de notícias Tagesschau, o homem estava de férias em Trentino, na Itália, e voltou para Alemanha no domingo. Na segunda-feira, ele trabalhou no Hospital Universitário de Hamburgo e, na terça-feira, começou a apresentar os sintomas da doença enquanto trabalhava. Todas as crianças e pais que tiveram contato próximo com ele estão em quarentena de 14 dias, assim como outros funcionários do local. Na Renânia do Norte-Vestfália, cerca de mil pessoas que estiveram em contato com infectados estão em quarentena.

Nesta sexta-feira, a força-tarefa do governo alemão para lidar com a crise se reunirá para discutir novas ações. Segundo o Ministério da Saúde e o do Interior, um dos tópicos será como lidar com grandes eventos, como a ITB, uma das maiores feiras de turismo do mundo, que começa no dia 4 de março em Berlim.

Nigéria, Belarus, Lituânia, Nova Zelândia e Holanda relataram seus primeiros casos nesta sexta-feira, todos de pessoas que estiveram na Itália ou no Irã, países com grande incidência da doença.

Na Europa, a Itália é o centro do surto, com 650 casos confirmados e 17 mortos. 

A Coreia do Sul registrou 315 novos casos de coronavírus na sexta-feira, elevando o número total de infecções para 2.337, o maior surto fora da China, onde a epidemia começou no final do ano passado. A disseminação do vírus fez a Hyundai Motors fechar uma de suas fábricas e levou a boy band BTS a cancelar shows em abril. No país, 13 pessoas morreram. 

O Brasil tem apenas um caso confirmado, em São Paulo, de um homem que havia viajado a Itália. O número de casos suspeitos é de 132, segundo o secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo. Há uma semana, era apenas um.

"Esse número não é definitivo. É muito maior que 132. Ficamos com 213 notificações ainda não analisadas. Elas podem ser todas consideradas suspeitas ou apenas uma parte, mas dá para a gente avaliar que, na verdade, temos perto de 300 casos suspeitos”, disse Gabbardo.

Na quinta-feira, 327 novos casos de doença foram confirmados na China, anunciou a Comissão Nacional de Saúde. A maioria foi novamente registrada na província de Hubei, onde o vírus apareceu pela primeira vez no final de dezembro. Na China, quase 79 mil casos foram registrados e 2.788 pessoas morreram.

Depois de uma visita ao país, o presidente da Mongólia, Battulga Khaltmaa, e outros funcionários do governo entraram em quarentena de 14 dias, por precaução. Battulga foi o primeiro chefe de estado a ir à China depois que o país adotou medidas extremas para controlar a doença. Ele se reuniu com o presidente chinês Xi Jinping e o primeiro ministro Li Keqiang em Pequim.

Na sexta-feira, Moscou anunciou novas restrições a passageiros vindos do Irã e da Coreia do Sul. A Rússia já havia fechado os 4.250 quilômetros de fronteira com a China.

Já a Suíça proibiu eventos com mais de mil pessoas para impedir o avanço da doença. 

LE/ard/ap

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